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Após demissões, funcionários da Embraer entram em greve

03 set 2020, 21:28 - atualizado em 03 set 2020, 21:28
Embraer
A legislação brasileira proíbe a demissão de grevistas (Imagem:REUTERS/David Becker)

Em assembleia na tarde desta quinta-feira (3), funcionários da Embraer (EMBR3) decidiram entrar em greve após a empresa anunciar a demissão de 900 trabalhadores.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a medida impede a conclusão do processo de desligamento dos empregados.  

“Os trabalhadores da Embraer aprovaram em assembleia, nesta quinta-feira, a deflagração de greve contra as demissões anunciadas pela empresa. Com isso, a Embraer fica proibida de concluir os cortes dos 2.500 trabalhadores [900 demissões somadas a 1.600 desligamentos de funcionários que aderiram a planos de demissão voluntária propostos pela empresa]. A legislação brasileira proíbe a demissão de grevistas”, diz, em nota, o sindicato.

Na assembleia, além do pedido de reversão das demissões, os trabalhadores aprovaram proposta de um teto salarial de R$ 50 mil na companhia.

“Há três salários superiores a R$ 1 milhão por mês na empresa. Um deles chega a R$ 2.170.666,62 e é descrito no documento como sendo de um conselheiro. Há ainda o registro de 46 salários superiores a R$ 100 mil e 127 superiores a R$ 50 mil”, ressalta a nota do sindicato.

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