Brasil

Após Daniel Silveira, Bolsonaro quer anistiar Roberto Jefferson, Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, diz site

22 abr 2022, 16:18 - atualizado em 22 abr 2022, 16:18
Daniel Silveira perdão Jair Bolsonaro STF
Primeiro da fila: deputado Daniel Silveira pode ser apenas o primeiro de muitos “perdoados” por Bolsonaro  (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro quer enviar uma mensagem ao Congresso Nacional com um projeto para anistiar aliados “politicamente perseguidos” pelo Supremo Tribunal Federal. As informações são do portal Metrópoles.

No grupo, estão nomes como Daniel Silveira, deputado condenado pelo STF na quarta-feira (11) pelos crimes de ameaça a ministros da corte e incitação a atos antidemocráticos, e que recebeu na quinta-feira (12) um indulto por parte do presidente, além de o ex-deputado Roberto Jefferson e os ativistas extremistas Oswaldo Estáquio e Allan dos Santos.

A justificativa do projeto será anistiar os que “tiveram sua liberdade de expressão criminalizada pelo autoritarismo do STF”.

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Os “perseguidos” pelo STF

Roberto Jefferson está em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica desde o início do ano. O político foi preso em agosto de 2021 por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o Jefferson por incitação a crimes contra integrantes do STF e senadores da CPI da Covid

O ativista Oswaldo Eustáquio é investigado por financiar atos antidemocráticos e proibido, por decisão de Moraes, de ter um perfil nas redes sociais.

Chegou a ser preso no dia 26 de julho, sob a suspeita de financiar atos do 7 de setembro que defendiam o fechamento do Congresso, mas foi solto dias depois, com restrições nas redes e sem poder se aproximar a menos de um quilômetro da Praça dos Três Poderes.

Já o blogueiro Allan dos Santos tem ordem de prisão preventiva emitida pelo STF e está foragido, nos EUA. Ele é investigado em inquérito que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e pela atuação em milícias digitais.

Após ter sido alvo de operações, em agosto de 2020, Santos fugiu para os EUA, com autorização de permanecer no país até fevereiro de 2021.