Reino Unido

Após confusão na Casa Branca, Zelensky é recebido por líderes europeus para tratar de cessar-fogo com a Rússia

02 mar 2025, 9:03 - atualizado em 02 mar 2025, 9:03
Foto de arquivo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky falando em entrevista à Reuters. Mar 1, 2022. REUTERS/Umit Bektas

Reino Unido, França e Ucrânia concordaram em trabalhar em um plano de cessar-fogo na guerra com a Rússia. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer neste domingo (2), após um encontro turbulento entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o norte-americano, Donald Trump, Casa Branca, na última sexta-feira (28).

A declaração ocorreu antes de uma cúpula de líderes europeus para discutir a guerra, que acabou ofuscada pela discussão entre Trump e Zelensky. 

Assim, Starmer afirmou que seu foco é ser uma ponte para restaurar as negociações de paz. “Agora concordamos que o Reino Unido, junto com a França e possivelmente outros, trabalhará com a Ucrânia em um plano para encerrar os combates, e depois discutiremos esse plano com os Estados Unidos”, disse Starmer à BBC.

Com isso, a reunião de líderes europeus, que acontece em Londres, ganhou maior importância na defesa do aliado e no fortalecimento das defesas do continente.

A cúpula contará com líderes da França, Alemanha, Dinamarca, Itália, Países Baixos, Noruega, Polônia, Espanha, Canadá, Finlândia, Suécia, República Tcheca e Romênia. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, o secretário-geral da Otan e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu também estarão presentes.

A cúpula de domingo provavelmente incluirá discussões sobre o estabelecimento de uma força militar europeia a ser enviada à Ucrânia para apoiar um cessar-fogo. Starmer disse que envolveria “uma coalizão dos dispostos”.

Fiasco de Zelensky na Casa Branca e foco na Europa continental

O primeiro-ministro do Reino Unido afirmou, ainda, que não confia no presidente russo Vladimir Putin, mas confia em Trump.

“Acredito em Donald Trump quando ele diz que quer uma paz duradoura? A resposta é sim”, afirmou ele. Além disso, ele disse que há “discussões intensas” para obter uma garantia de segurança dos EUA como um dos três componentes para uma paz duradoura.

“Se houver um acordo, se houver a parada dos combates, então esse acordo precisa ser defendido, porque o pior dos cenários é que haja uma pausa temporária e depois (o presidente russo Vladimir) Putin volte”, disse Starmer.

“Isso já aconteceu no passado, acho que é um risco real, e é por isso que devemos garantir que, se houver um acordo, seja um acordo duradouro, não uma pausa temporária”.

*Com informações da Associated Press

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.

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