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Após atrair demanda de R$ 1 bi, IMC emite R$ 250 milhões em debêntures

19 mar 2019, 9:50 - atualizado em 19 mar 2019, 10:16
Empra atraiu um milhão em sua estreia no mercado

Por Investing.com

Após o insucesso na operação de união das operações com a Sapore, a International Meal Company (MEAL3) (IMC), dona da rede Frango Assado e Viena, atraiu demanda de cerca de R$ 1 bilhão na sua estreia no mercado de debêntures. As informações são da edição desta terça da Coluna do Broad, do Estadão.

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De acordo com a publicação, a companhia optou apenas R$ 250 milhões e os recursos serão destinados para a liquidação de um empréstimo da empresa com o BTG Pactual (BPAC11), que também foi o coordenador da emissão.

Assim como já aconteceu com outros emissores, a alta demanda de interessados fez com que o custo da operação caísse expressivamente. Dessa forma, foram emitidas debêntures de cinco e sete anos. O prêmio que a empresa pagou aos investidores, acima do CDI, caiu de 2,70% para 1,10% na série de cinco anos e de 3% para 1,60% na de sete anos.

 

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Fusão

Em dezembro, Sapore desistiu dos planos de aquisição da dona das redes Viena e Frango Assado, depois que conselho da IMC aprovou em assembleia de acionistas a adoção da chamada “pílula do veneno” protegendo a companhia de tentativas de tomada de controle. A intenção da Sapore era adquirir 42,5% das ações da IMC por R$ 600 milhões.

Em entrevista ao valor, Sapore disse que a possibilidade de negociação estava enterrada

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Na época, em entrevista ao Valor, o fundador da Sapore, Daniel Mendez, informou que, na época, a possibilidade de negociação estava “morta e enterrada”. As conversar entre as empresas durou quase um ano e a cartada mais recente por meio de uma tentativa hostil de fusão.

O mecanismo adotado, conhecido como pílula do veneno, obriga que sempre que algum investidor alcançar 30% do capital da empresa, deverá lançar uma oferta por toda a companhia. Com isso, fica mais difícil a tomada de controle em empresas com capital pulverizado na bolsa, caso da IMC.

A assembleia contou com a participação de 82% dos acionistas e 99,43% dos presentes concordaram em adotar a “pílula do veneno”, superando o mínimo necessário de dois terços.