Após ataque de ransomware, Colonial Pipeline enfrenta processos judiciais
Há mais de dois meses, a empresa de infraestrutura energética dos Estados Unidos – Colonial Pipeline – sofreu um ataque de ransomware, incidente que resultou na falta de combustíveis em postos de combustível na costa leste americana.
Segundo o Washington Post, agora pelo menos um operador de postos de combustível está tomando medidas legais contra a Colonial, representando uma nova fase pós-ataque, depois que parte dos fundos foi devolvida à Colonial.
Segundo o Washington Post, o operador do posto de gasolina do estado da Carolina do Norte, Eddie Darwich, entrou com um processo contra a Colonial por negligência, no que poderá se tornar um processo de ação coletiva, se aprovado.
“O réu tinha um compromisso com o requerente e com a ação coletiva a nível nacional para exercer o cuidado mínimo a fim proteger a infraestrutura crítica da Pipeline, incluindo a proteção contra ataques de ransomware e para proteger o fluxo do produto como um recurso crítico sobre o qual o réu exerce controle”, consta no processo.
Segundo o informe, outro processo foi iniciado em maio e uma outra empresa está em busca de iniciar um terceiro caso contra a Colonial.
Como pano de fundo dessas ações legais está a ampla resposta de segurança nacional dentro do governo americano, uma iniciativa que foi impulsionada pelo governo Biden.
Na semana passada, o Congresso americano realizou uma audiência sobre ataques de ransomware, com foco em investimentos em cibersegurança e agentes estatais, apesar de as criptomoedas terem feito parte dos debates.
Oficiais da Casa Branca disseram anteriormente que ferramentas de análise de criptomoedas fariam parte da resposta federal a ataques de ransomware, como uma tentativa de rastrear pagamentos e identificar aqueles por trás deles.