Apollo almeja liderança em mercado do investimento de impacto
A Apollo Global Management decidiu apostar no mundo do investimento de impacto, uma área das finanças onde a maioria de seus pares de private equity já tem operações significativas.
Marc Becker, sócio sênior da Apollo, e Joanna Reiss, ex-Cornell Capital que começou a trabalhar na gestora neste mês, vão coliderar a nova plataforma, chamada de Apollo Impact, disse a empresa em comunicado. Lisa Hall, que anteriormente foi bolsista do Centro Beeck de Impacto e Inovação Social da Universidade Georgetown, vai comandar a iniciativa.
O investimento de impacto, em que gestores de fundos buscam ganhar dinheiro e deixar um impacto positivo mensurável na sociedade ou no meio ambiente, passou de uma disciplina de nicho há apenas alguns anos para um mercado que movimenta US$ 715 bilhões. Os fundos têm atraído investidores em um momento em que a pandemia de coronavírus e a agitação racial nos Estados Unidos destacam as desigualdades sociais.
A Apollo segue os passos de rivais de private equity, como Bain Capital, KKR e TPG, ao apostar no investimento de impacto. Becker, que está na Apollo há 24 anos, disse que a empresa prefere analisar com cuidado antes de entrar em novos mercados.
Em vez de focar em investimentos de impacto em estágio inicial ou de capital de risco como muitos de seus pares, a Apollo, que tem cerca de US$ 415 bilhões em ativos sob gestão, terá como alvo empresas em estágio posterior. O foco será no mercado de médio porte, onde as empresas normalmente têm valor total de US$ 150 milhões a US$ 500 milhões.
A Apollo Impact investirá em educação, saúde, segurança e bem-estar, sustentabilidade de recursos e a chamada indústria 4.0, que se refere à digitalização da manufatura e à combinação de tecnologias como aprendizado de máquina e computação em nuvem para permitir uma produção mais eficiente. A empresa, com sede em Nova York, se concentrará em mercados privados e comprará participações majoritárias em empresas.