Apoio de qualidade: swap cambial do BC para conter alta do dólar, falas de Powell sobre ciclo de juros nos EUA e outras notícias que agitam os mercados hoje
Leitoras e leitores do Seu Dinheiro,
Mais cedo, vindo para a redação aqui do Seu Dinheiro, um motorista de aplicativo começou a desabafar sobre a vida. Uma conversa bastante sentimental para as 5h30 de uma manhã ainda fria demais de quinta-feira.
Mas, na posição de carona, faltando ainda trinta minutos para chegar aqui, não pude fazer nada além de dar o ombro e me solidarizar com a triste história do nosso amigo.
Naquela situação, o apoio era necessário, mas não deveria surtir muito efeito, já que a nossa sessão de terapia era constantemente interrompida pelas indicações do melhor caminho.
Quem deu uma ajudinha ao mercado ontem foi o Banco Central, que realizou o primeiro leilão de swap cambial do governo Lula para conter o avanço do dólar.
E, assim como meu apoio ao melancólico motorista, o efeito no mercado não foi tão certeiro: a moeda norte-americana fechou próximo da estabilidade, com queda de 0,02%, a R$ 5,0583 no mercado à vista.
O Ibovespa também teve uma “ajudinha” do mercado de commodities e fechou o dia com alta de 0,44%, aos 127.548 pontos.
Para hoje, os investidores aguardam as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que não deve dizer monótonos “mas é a vida, né?”, “as coisas devem melhorar”, mas falar mais especificamente sobre a política de juros do país.
Essas, sim, têm potencial de dar o apoio necessário às bolsas internacionais, que esperam ansiosamente pelo fim do aperto monetário no país.
O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
Banco do Brasil, CVC, Minerva e mais: o “efeito Milei” na Argentina sobre as empresas que perderam — e ganharam — com o novo presidente. A maxidesvalorização do peso atingiu de maneira diferente as empresas; consumo em geral caiu, mas viagens aumentaram.
POLÍTICA MONETÁRIA
Até quanto Roberto Campos Neto vai cortar a Selic? Esses três ex-diretores do BC traçaram suas apostas para os juros. Para um ex-diretor da autoridade monetária, existe a possibilidade de que a nova diretoria passe a “reescrever o jogo” dos juros.
SÓ HERDEIROS
A bilionária mais jovem do mundo é brasileira e herdeira da Weg, segundo a Forbes; saiba quem é. É a primeira vez que a lista da Forbes não possui nenhum bilionário abaixo dos 30 anos que tenha construído a própria fortuna sem ajuda da herança da família.
LOGÍSTICA
Sequoia (SEQL3) desaba 15% e apaga toda a alta acumulada de 2024 na B3 após anunciar grupamento. O anúncio do grupamento acontece logo depois do fechamento da fusão com a Move3, que deve marcar um novo capítulo da empresa na B3.
DESESTATIZAÇÃO
A privatização da Sabesp (SBSP3) vem aí: oferta de ações deve sair entre o fim de maio e agosto na B3, diz CEO; veja o cronograma. A companhia deve investir em novas concessões inclusive fora de São Paulo, segundo André Salcedo, CEO da empresa.
Um forte abraço e boa quarta-feira!