Apoio de eleitores democratas a Kamala Harris aumenta após desistência de Biden; confira pesquisa

Uma pesquisa realizada pela empresa de tecnologia Morning Consult entre os dias 21 e 22 de julho, logo após a desistência de Joe Biden da corrida presidencial dos Estados Unidos (EUA), mostrou que 65% dos eleitores democratas apoiam a candidatura de Kamala Harris. O dado é mais que o dobro do observado em junho, de 30%, quando ocorreu o primeiro debate entre Biden e Donald Trump.

Outro ponto é destacado no levantamento: o empate técnico entre Harris e Trump. Apesar de continuar na liderança por 47% das intenções de voto, a democrata aparece pouco atrás, com 45%, diminuindo a diferença de 6 pontos percentuais que separavam o republicano de Joe Biden.

Outros nomes democratas, como os governadores Josh Shapiro e Gretchen Whitmer, aparecem com um apoio menor que 10% entre os eleitores do partido. A confiança também aumenta entre o público, com 59% acreditando que a atual vice-presidente de Joe Biden é a candidata com as maiores chances de derrotar Trump nas eleições em novembro.

Kamala Harris também apresenta uma aceitação melhor em grupos que deixaram de apoiar Biden desde sua vitória em 2020, como jovens entre os 18 e 34 anos e eleitores negros e hispânicos.

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A Morning Consult aponta que “para superar uma onda crescente de partidarismo negativo à direita, Harris poderá ter de aumentar ainda mais a classificação junto dos eleitores moderados, entre os quais já superou Biden”.

“Harris deverá convencer eleitores de que os Republicanos são os extremistas, caso ela queira reviver a energia anti-Trump que inflamou campanhas democratas desde que Trump assumiu o controle do contexto político”, afirmam.

Eleitorado republicano desaprova escolha de Kamala Harris como candidata

Com relação à decisão de Joe Biden deste domingo (21), que também reiterou seu apoio à vice Kamala, aproximadamente 7 em cada 10 eleitores aprovaram a escolha, representando 77% dos democratas e 59% dos republicanos.

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No partido de Trump, quase um terço dos eleitores desaprovaram a decisão, o que, na visão de Eli Yokley e Cameron Easley, analistas que assinam a pesquisa, indica um sentimento desfavorável com relação à mudança no status quo da disputa entre candidatos, que antes parecia favorecer os republicanos.

Apesar de Biden já ter deixado a disputa eleitoral, a pressão agora ocorre para que o atual presidente deixe a presidência do país, com questionamentos acerca de sua capacidade para chegar ao final do mandato.

A maioria dos eleitores norte-americanos (63%) acredita que Biden deveria cumprir o restante de seu governo até que o novo presidente tome posse em 20 de janeiro do próximo ano, 30% creem que ele deveria deixar a presidência agora.

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A oposição, entretanto, mostra-se dividida. 50% dos republicanos acreditam que ele deveria deixar a Casa Branca, enquanto 43% esperam pelo novo presidenciável.

Ao analisar o cenário, os analistas afirmam que “se a energia renovada no Partido Democrata poderá remodelar decisivamente a corrida presidencial contra Trump, que continua a ser o favorito, dependerá provavelmente de como Harris – que é menos conhecida que Biden – poderá reintroduzir-se e promover-se junto de um eleitorado dos EUA que a associa em grande parte com uma administração presidencial impopular”.