Internacional

Apoio ao primeiro-ministro japonês Kishida cai com questões sobre igreja e Covid-19

22 ago 2022, 10:43 - atualizado em 22 ago 2022, 10:43
Kishida reorganizou seu ministério em 10 de agosto e removeu alguns membros com vínculos com a igreja em uma tentativa de aumentar o apoio, mas 68% dos entrevistados disseram que não aprovaram a mudança (Imagem: Yoshikazu Tsuno/REUTERS)

O apoio ao governo do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida caiu, atingido por questões sobre os laços do partido governista com a Igreja da Unificação e sua resposta à pandemia do coronavírus, de acordo com uma pesquisa de opinião pública.

Os vínculos com a igreja fundada na Coreia do Sul na década de 1950 e famosa por seus casamentos em massa tornaram-se uma dor de cabeça para Kishida desde 8 de julho, quando o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe foi morto a tiros e o suposto assassino disse que sua mãe foi falida pela igreja e culpou Abe por promovê-la.

De acordo com uma pesquisa feita no fim de semana pelo jornal Mainichi Shimbun, o apoio a Kishida caiu para 36% ante 52% há um mês, a menor marca desde que assumiu o cargo em outubro do ano passado.

Aqueles que acreditam que os laços entre a Igreja da Unificação e o Partido Liberal Democrata (LDP) de Kishida são “um problema extremo” ou “algo problemático” atingiram 87%. Apenas 4% acreditam que não há problema.

Kishida reorganizou seu ministério em 10 de agosto e removeu alguns membros com vínculos com a igreja em uma tentativa de aumentar o apoio, mas 68% dos entrevistados disseram que não aprovaram a mudança, contra apenas 16% que apoiaram.

Falando a repórteres nesta segunda-feira por meio de uma tela eletrônica após contrair Covid-19, Kishida disse que não há conexão em nível organizacional entre o LDP e a Igreja da Unificação, acrescentando que os parlamentares precisam esclarecer e explicar suas conexões com o grupo religioso.

Ele se recusou a comentar os números da pesquisa.

Os novos casos de coronavírus permanecem persistentemente altos, levando 55% dos entrevistados a dizer que não aprovam o tratamento da situação pelo governo. No domingo, o próprio Kishida testou positivo, forçando-o a cancelar uma viagem a uma conferência de ajuda na Tunísia.

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