Mercados

Apetite a risco global mantém Ibovespa ao redor dos 120 mil pontos

04 jan 2021, 10:36 - atualizado em 04 jan 2021, 11:50
Mercados - Ibovespa
O primeiro pregão do ano começa pautado por um maior apetite ao risco, antecipando um quadro de retomada das principais economias (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A bolsa paulista beneficiava-se do apetite a risco global no primeiro pregão de 2020, com o Ibovespa renovando recorde intradia nesta segunda-feira, em meio a expectativas atreladas à recuperação da economia mundial.

Às 11:18, o Ibovespa subia 0,56%, a 119.680,79 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 120.353,81 pontos. O volume financeiro era de 4,95 bilhões de reais.

Na visão da equipe da  SulAmérica (SULA11) Investimentos, os mercados refletem a antecipação de um quadro de retomada das principais economias em um contexto de estímulos fiscais e monetários sem precedentes e o avanço gradual do processo de vacinação.

Em Wall Street, os futuros acionários também apontavam uma abertura recorde para o S&P 500 e o Dow Jones, ampliando o rali desde o ano passado. Entre as commodities, o petróleo também avançava, assim como o minério de ferro.

No Brasil, “o Ibovespa deve continuar buscando se firmar acima dos 120 mil pontos, favorecido pelo ambiente externo mais otimista, a volta dos estrangeiros e sinais de recuperação econômica doméstica”, avalia a equipe da SulAmérica.

No último pregão de 2020, o Ibovespa chegou a ultrapassar pela primeira vez os 120 mil pontos, mas fechou aquela quarta-feira com recuo de 0,33%, 119.017,24 pontos.

Destaques

CSN (CSNA3) subia 6%, capitaneando os ganhos do setor mineração e siderurgia na sessão, após um ano de forte valorização, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China, ambiente favorável para aumento de preços de aço no Brasil e expectativa em torno da listagem de ações de sua unidade de mineração. Vale (VALE3) registrava alta de 2,8%.

Petrobras (PETR3) avançava 2,19%, beneficiada pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent subia 0,68%, a 52,15 dólares o barril. No setor, PetroRio (PRIO3) mostrava elevação de 6,75%.

Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,4%, tirando o Ibovespa das máximas da sessão, enquanto Bradesco (BBDC4) tinha variação positiva de 0,07%.

Cogna (COGN3) mostrava acréscimo de 3,89%, após fechar 2020 com um dos piores desempenhos do Ibovespa. Yduqs (YDUQ3) valorizava-se 3,22%.

Via Varejo (VVAR3) subia 2,23%, tendo de pano de fundo dados mostrando alta de 20,2% nas vendas no período de 19 a 25 de dezembro frente ao mesmo período do ano anterior, considerando a métrica de Gross Merchandise Volume (GMV), segundo dados preliminares e não auditados.

CPFL (CPFE3) recuava 1,97%, entre as maiores quedas do Ibovespa na sessão. Analistas do Bradesco BBI cortaram a recomendação dos papéis para “neutra”, citando a necessidade de novas evidências de disciplina de capital.

Iguatemi (IGTA3) perdia 2,02%, com ações de shopping centers como um todo na ponta negativa após dados fracos sobre as vendas do setor no Natal além do fechamento do comércio determinado pelo governo de São Paulo no período e durante a virada do ano.  Multiplan (MULT3)caía 1,36% e BR Malls (BRML3) recuava 1,41%.

(Atualizada às 11h50)

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