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Bradesco projeta forte 3T24 para frigoríficos e reforça top pick que pode crescer 42%

07 out 2024, 15:26 - atualizado em 07 out 2024, 15:26
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Bradesco mantém JBS como ação favorita entre os frigoríficos, já que veem valuation atraente e assimetria positiva de ganhos (Imagem: iStock.com/Dragos Cojocari)

Apesar da normalização dos spreads de aves no Brasil e a desaceleração nos Estados Unidos (EUA), o que poderia indicar um pico para margens, o Bradesco BBI projeta um no terceiro trimestre (3T24) forte para frigoríficos.

Segundo o banco, as restrições de oferta devem evitar uma desaceleração mais acentuada no futuro próximo, com spreads permanecendo fortes em relação aos níveis históricos.

“Enquanto isso, os preços mais altos do boi no Brasil levaram a uma contração dos spreads da carne bovina, compensando as melhorias que vinham sendo sustentadas desde a recente depreciação do real. Nos EUA, os spreads de carne bovina permaneceram estáveis, em níveis baixos”, veem Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen.

Com isso, os analistas mantém JBS (JBSS3) como a top pick (ação favorita) entre os frigoríficos, já que seguem vendo um valuation atraente e uma assimetria positiva de ganhos com base em tendências favoráveis para suas unidades de negócios, apesar do segmento de carne bovina dos EUA.

A recomendação para JBSS3 é de compra, com preço-alvo de R$ 46 — potencial de alta de 41,98%.

JBS lidera recomendações para outubro

A JBS lidera as recomendações entre as ações do agronegócio mais recomendadas para outubro na visão de 22 analistas, com sete indicações, segundo levantamento do Money Times.

Para o BTG Pactual (BPAC11), a JBS apresenta a melhor relação entre risco e retorno no setor de proteínas, sendo a única ação com recomendação de compra para a casa. Na semana passada, banco, inclusive, elevou o preço-alvo para os papéis da JBS de R$ 47 para R$ 48.

O otimismo também é apoiado pelo compromisso da companhia de retornar parte do fluxo de caixa aos acionistas, como evidenciado pelo forte dividendo após os resultados do segundo trimestre e o recente anúncio do plano de recompra de R$ 3,6 bilhões. Só neste ano, foram anunciados R$ 8 milhões em retorno aos acionistas.

“A história da desalavancagem continua muito bem estabelecida. Com os canhões disparando, acreditamos que agora é a hora de compra”, veem Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Lima.