Apesar dos desafios, BofA vê ação do Magazine Luiza (MGLU3) duplicando de valor
O Bank of America (BofA) classificou os números do Magazine Luiza (MGLU3) do terceiro trimestre como modestos, embora tenha reiterado a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 8, uma elevação de 94% ante o fechamento da última quinta-feira (10).
Por volta das 14h58, o papel do Magazine Luiza despencava 9,8%, a R$ 3,59.
O Magalu reportou prejuízo de R$ 166 milhões entre julho e setembro deste ano, revertendo o lucro de R$ 143 milhões registrado no mesmo trimestre de 2021. Só as despesas financeiras da companhia cresceram 228,4% na comparação anual, para R$ 668,6 milhões.
Segundo os analistas, as perdas líquidas superaram o consenso sobre despesas de juros mais altas, apesar da considerável melhora operacional.
Enquanto isso, e-commerce cresceu 2,6% ante a contração do mercado de 10,5% no trimestre, com um mix crescente de pequenos vendedores melhorando as taxas de aceitação.
Além disso, os analistas notam que melhorias na estrutura de custos e eficiências logísticas e de marketing compensaram parcialmente as pressões inflacionárias e o aumento da inadimplência.
Copa do mundo ainda não fez preço
De acordo com o banco, a piora da economia, com a erosão salarial real e pelo serviço da dívida, continuam atingindo o Magazine Luiza.
De outro lado, a nova infraestrutura 5G e a próxima Copa do Mundo ainda não impulsionaram nenhuma recuperação significativa na demanda.
“Esses fatores, no entanto, podem mostrar alguma tração no trimestre atual, simultaneamente a uma melhoria mais significativa da estrutura de custos e à política de administração presidencial que provavelmente favorecerá os principais consumidores de baixa renda da MGLU”, coloca.
O CEO Frederico Trajano disse a analistas que o Magazine Luiza esperava um início do impacto positivo da Copa do Mundo nas vendas já no terceiro trimestre.
Porém, por questões como as eleições, isso só ocorreu a partir de outubro e novembro.
Por que comprar Magazine Luiza, segundo BofA
Para o Bank of America, as compra feitas pelo Magazine Luiza, como o Kabum, começarão a fazer efeito e ao mesmo tempo criar externalidades de rede mais poderosas.
“Os ativos adquiridos estão fornecendo conteúdo, novas verticais de comércio eletrônico, aprimorando a pesquisa e a conversão, adicionando funcionalidade, aumentando a segurança da rede, acelerando o desenvolvimento de fintech, aprimorando a entrega e criando novas oportunidades de anúncios”, destaca.
Por fim o banco diz que a dinâmica competitiva também pode posicionar o Magazine Luiza para conquistar mais participação de mercado em suas principais categorias de duráveis no médio e longo prazo.
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