Apesar de metrô e estradas vazias, ação da CCR ainda tem recomendação de compra
Apesar de os números de tráfego das rodovias, mobilidade urbana (metrô e VLT) e aeroportos estarem em queda, os analistas continuam recomendando a compra das ações da CCR (CCRO3).
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (13), as corretoras Guide e a Ágora avaliaram os números concessionária vêm melhorando em meio a crise do coronavírus.
A queda na movimentação das estradas desacelerou de -31,3%, em 27 de março a 2 de abril, para -27,2% na semana passada, de 3 a 9 de abril. Ambos os números representam uma comparação com o mesmo período de 2019.
“É natural que a empresa siga apresentando redução de movimentação em suas rodovias na comparação anual em decorrência do isolamento social. Entretanto, os dados da última semana mostram uma melhora na movimentação, o que pode ser um indicativo de que a empresa tenha impactos reduzidos em suas concessões”, informou a Guide.
A Ágora também acredita que o desempenho da semana demonstra avanços. “O tráfego de veículos pesados parece ter se estabilizado, o que explica o desempenho superior das rodovias com pedágio versus a mobilidade urbana e os aeroportos”.
Mobilidade urbana e aeroportos
Os setores de mobilidade urbana e aeroportos da CCR são os mais afetados pela crise. Na semana passada, em comparação com o ano passado, a queda na movimentação foi de 77,2% e 97%, respectivamente.
Porém, sistemas como o metrô e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) não devem afetar tanto a empresa por conta da cláusula de demanda mínima firmada com os seus reguladores estaduais, que garante um retorno para a CCR.
Já os aeroportos devem sofrer por mais tempo, de acordo com a Ágora. “O tráfego aeroportuário da CCR pode continuar apresentando um desempenho fraco, pois a demanda de negócios e lazer deve levar mais tempo para se recuperar”.
Os analistas Victor Mizusaki e Ricardo França, da Ágora, indicam a compra das ações com preço-alvo de R$ 15, potencial de valorização de 20%, considerando o valor de R$ 12,50.