Apesar de demissões, grandes bancos seguem contratando
A expansão do mercado de trabalho tem conseguido compensar algumas demissões entre os maiores bancos do mundo.
Bank of America, Wells Fargo, HSBC e Credit Suisse contrataram cerca de 12.000 pessoas no primeiro semestre, segundo dados compilados pela Bloomberg, o que significa que o número total de funcionários em 16 dos maiores bancos americanos e europeus não foi alterado, mesmo em meio aos grandes cortes de empregos.
O quadro de funcionários tem se mantido estável porque grandes bancos como JPMorgan Chase e Bank of America estão abrindo centenas de agências em novas cidades e estados nos EUA, revertendo uma série de demissões ao longo de uma década. Enquanto isso, a batalha por profissionais de tecnologia continua a criar demanda por novos postos de trabalho. E mesmo as empresas que estão demitindo também precisam reforçar alguns departamentos, como o de compliance.
O desempenho de ações de bancos tem ficado aquém de mercados mais amplos em toda a Europa e nos EUA, diante da preocupação com juros em queda e taxas negativas, além da desaceleração dos mercados de capitais. Com esse cenário, mesmo empresas que conseguiram aumentar os lucros decidiram adotar um tom austero, em um esforço para mostrar aos investidores que estão controlando os custos. Ao contrário de muitos setores, os bancos têm acelerado as demissões e contratado com pouco alarde.
O Barclays, por exemplo, disse que cortou 3.000 empregos no segundo trimestre, mas seu número total de funcionários encolheu em apenas 1.500 este ano. O banco britânico tem fechado unidades de varejo em todo o mundo, concentrando-se mais no banco de investimentos, onde afirmou estar contratando.