Apesar da queda registrada no mercado cripto, especialista se mantém otimista
A aprovação do pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que inclui formato mais abrangente de impostos para o mercado de criptomoedas, devido ao termo “broker” – que pode abranger tanto as corretas de criptomoedas (também chamadas de “exchanges”) quanto os validadores das transações em blockchains, provocou uma queda significativa do preço do bitcoin (BTC).
Vale ressaltar que, atualmente, os Estados Unidos representam o maior poder de processamento (“hash rate” ou taxa de hashes) do bitcoin.
Dessa forma, a decisão pode resultar no aumento do custo de validação das transações, ou até mesmo na redução dos investimentos em segurança das redes de criptomoedas.
Além disso, recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC) dos Estados Unidos tem apresentado uma postura mais restritiva, do ponto de vista regulatório, em relação ao mercado de criptomoedas, tanto que rejeitou o fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin à vista.
Segundo Orlando Telles, diretor de research da Mercurius Crypto, casa de pesquisa em criptoativos, esses fatores podem ter contribuído para que alguns investidores institucionais realizassem suas posições no mercado, provocando um efeito de queda, dado o excesso de alavancagem, visto a alta das taxas de funding e o baixo volume do mercado.
“De modo geral, apesar desse movimento, no longo prazo o mercado de criptomoedas apresenta um cenário otimista, impulsionado nos últimos seis meses por investimentos via capital de risco em aplicações como Ethereum (ETH), Solana (SOL) e Polkadot (DOT), três das dez maiores criptomoedas do mercado”, informa Orlando.
Ainda segundo o especialista, com os esforços das economias mundiais em controlar as taxas de juros, o mercado de criptomoedas pode ser impactado negativamente, como já está sendo sinalizado pelo Federal Reserve.