‘Aperto de mãos’ entre Haddad e banqueiros traz alguma clareza sobre ajuste fiscal
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, declarou apoio institucional ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após reunião entre o ministro e banqueiros, Sidney disse que está convencido de que Haddad está determinado em buscar o ajuste fiscal.
Esse compromisso com o equilíbrio das contas deve ser preservado e o Ministério precisará de apoio firme do governo, do Congresso e do empresariado para cumprir com a missão, afirmou o presidente da Febraban.
O encontro fechado com os banqueiros aconteceu na manhã desta sexta-feira (14). Além de Sidney, estavam presentes: Luiz Trabuco, presidente do conselho do Bradesco e do conselho diretor da Febraban; André Esteves, fundador do BTG Pactual; Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha, CEO do Bradesco; e Mário Leão, presidente do Santander.
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Na sexta-feira passada (7), Haddad já tinha se reunido com executivos do Santander e gestores de investimento parceiros do banco. Na ocasião, teria sido discutida uma proposta de mudança no arcabouço fiscal, uma vez que a equipe econômica precisa lidar com um contingenciamento de R$ 30 bilhões.
O problema é que essa informação vazou para o mercado, levando a bolsa cair mais de 1,73% e perder os 122 mil pontos.
Haddad reclamou do vazamento e disse que as declarações foram mal interpretadas e replicadas de forma irresponsável. Segundo ele, o que aconteceu é que, ao ser questionado sobre o assunto, ele respondeu que haveria a possibilidade do contingenciamento graças à própria dinâmica do arcabouço.
Ibovespa respira aliviado após banqueiros apoiarem Haddad
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta volátil. O principal índice da bolsa brasileira, inclusive, chegou a perder o patamar dos 119 mil pontos nesta manhã.
No entanto, após a declaração do presidente da Febraban, em apoio a Haddad, o IBOV respirou aliviado. Às 14h15, o índice subia 0,18%, a 119.777 pontos.
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Nos últimos três dias, o Ibovespa perdeu uma série de patamares importantes. Segundo o Itaú BBA, caso o índice continue sua movimentação abaixo dos 120 mil pontos, é possível que rompa o suporte e atinja sua mínima observada em outubro de 2023, os 111.600 pontos.
“O momento é de cautela no curto prazo, pois o cenário de quedas mais acentuadas à frente existe e aumentou a probabilidade”, afirmam Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta.