Apenas pelos seus fundamentos, e Brasil no foco, soja indica semana altista
Os sintomas de que a soja e deva ter uma semana positiva estão dados, salvo alguma oscilação baixista que possa vir pelos lados da conjuntura econômica global que desvie recursos para ativos mais seguros.
A semana começa com o apoio dos fortes fundamentos, às vésperas de um novo relatório do USDA e com o Brasil no foco principal, e o contrato maio na Bolsa de Chicago (CBOT) renovou, nas operações da madrugada, a máxima de fevereiro. Nesta passagem das 10h25 (Brasília) está em mais de 15 pontos (em torno de mais 1%), a US$ 14,45.
As chuvas abundantes e regulares nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Norte acendem temores quanto à produtividade e qualidade da safra, que caminha para o final da colheita.
A produção também divide o mercado. A AgRural revisou para cima, no final de fevereiro, o volume recorde de 133 milhões de toneladas. Outros preveem volume menor, de 128 a 130 milhões/t, ainda assim acima da safra anterior.
“Não dá para saber se esse número será revisado ou não. Vai depender de quanto o Mato Grosso realmente perdeu e quanto as produtividades de estados mais tardios, como o Rio Grande do Sul, vai conseguir compensar os problemas no Cerrado”, avaliou Adriano Gomes, analista a AgRural, ao Money Times nesta manhã.
A seca na Argentina também promove viés de alta. O déficit hídrico já garante perda de produtividade e volume menores.
Outro suporte para altas igualmente vem do atraso da colheita no Brasil e nos embarques, cortando um pouco do disponível no curto prazo enquanto os estoques da soja americana estão mais rasos que no mesmo período do ano passado.
O milho se sustenta em alta pelo atraso da oleaginosa, pressionado pelo plantio fora da janela, e apoio do câmbio.