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Apenas duas empresas, entre 100, têm nota máxima em teste de transparência

30 jan 2018, 22:40 - atualizado em 30 jan 2018, 22:40
Apenas duas empresas tiraram notas máximas nos dois critérios analisados, a Neoenergia (foto) e a cimentos Votorantim

Pela primeira vez uma pesquisa avaliou o grau de transparência e o engajamento das 100 maiores empresas e dos 10 maiores bancos brasileiros no combate à corrupção.

E o resultado não é dos melhores. Em uma escala de zero a dez, as empresas brasileiras ficam com a média 5,7.

A pesquisa feita pela ONG Transparência Internacional avaliou se as empresas brasileiras contam com programas anticorrupção e se tem transparência organizacional, ou seja, se mostram com quem elas costumam fazer negócios.

O interessante é que justamente empresas que foram flagradas em esquemas de corrupção como a Odebrecht, a Petrobras e o banco BTG Pactual ou se envolveram em escândalos, como a mineradora Samarco, responsável pela tragédia de Mariana, em 2015, ajudaram a melhorar a média nacional.

Para Guilherme Donegá, um dos responsáveis pela pesquisa, isso acontece porque transparência virou caso de vida ou morte para essas empresas

O setor de veículos e peças é a que tem o pior resultado. Culpa das montadoras de automóveis. Nenhuma das  avaliadas conseguiu alcançar a nota cinco.

Quem também vai mal na pesquisa, com o pior desempenho, são as empresas que tem estrutura societária limitada ou sociedades anônimas  de capital fechado.

Apenas duas empresas tiraram notas máximas nos dois critérios analisados, a Neoenergia e a cimentos Votorantim. Mas Guilherme lembra que isso não significa que as empresas estejam  colocando em práticas políticas contra a corrupção e para que as políticas saiam do papel, é preciso que a sociedade fique de olho.