Apenas 33% dos japoneses são favoráveis aos criptoativos

The Nikkei Shimbun, o maior jornal financeiro do mundo, relatou que o Instituto Nacional de Políticas Científicas e Tecnológicas do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão realizou uma pesquisa com o propósito de verificar a recepção social de tecnologias avançadas.

Apenas 33% dos participantes responderam que são receptivos aos criptoativos, a menor porcentagem em comparação a outros tipos de tecnologias inovadoras.

A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro pela internet com 3 mil pessoas de idades entre 15 e 69 anos. Os resultados mostram que “robôs que podem te ajudar com tarefas de trabalhos” foi a tecnologia mais bem recebida, com 82%.

Em seguida, “entrega via drones”, “robôs de assistência de enfermagem” e “celulares com cobertura 5G” com 80% de aprovação. “Direção completamente autônoma usando inteligência artificial” e “cirurgia feita por robôs” totalizaram cerca de 50%.

Outras respostas que ficaram abaixo dos 40%, além dos criptoativos, incluem “produtos agrícolas clonados” e “produtos alimentícios geneticamente modificados”, indicando uma atitude cautelosa em relação à adesão de novas tecnologias.

Alinhadas com a taxa de consumo, que aumentaram de 8% para 10% em outubro de 2019, operadores de pequenas e médias empresas japonesas estão apresentando sistemas de pontos de fidelidade que devolvem uma porcentagem da compra quando os clientes pagam com cartão de crédito ou pagamento digital usando seus celulares.

Considerando que muitos clientes no Japão ainda usam dinheiro vivo, essas medidas foram criadas para melhorar a conveniência e aumentar a produtividade por meio de pagamentos sem o uso de dinheiro.

Além disso, pode-se dizer que agora os clientes japoneses estão ficando mais familiarizados com pagamentos sem o uso dinheiro com essas medidas. Ainda assim, essa forma de pagamento e os criptoativos apresentam diferentes obstáculos para os clientes.

16 operadores de corretoras de criptoativos foram registradas na Agência de Serviços Financeiros (FSA, na sigla em inglês) e estão oferecendo serviços relacionados à negociação de criptoativos no Japão.

Apesar de muitos operadores empresariais e do aumento no número desses serviços, ainda existem questões em termos de se os consumidores vão ter um bom entendimento sobre a natureza dos criptoativos e sobre a maneira correta de utilizar esses ativos.

Em relação às tendências de mercado de criptoativos no Japão, parece que o foco principal vai ser em como as novas políticas podem promover e serem adaptadas para o uso de criptoativos e de pagamentos sem dinheiro.