Política

Apagão em SP faz Câmara Municipal criar CPI da Enel

07 nov 2023, 16:44 - atualizado em 08 nov 2023, 8:36
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O prefeito da cidade, Ricardo Nunes, também se movimenta para instaurar uma CPI comandada por sua base aliada. (Imagem: REUTERS/Flavio Lo Scalzo)

Sem energia desde sexta-feira (3), São Paulo enfrenta problemas com a Enel, desde a aquisição de 73% das ações da estatal. Com isso, a vereadora Luana Zarattini reuniu as 18 assinaturas necessárias para a abertura de uma CPI para investigar a concessionária.

O pedido é para que a companhia elétrica seja investigada em relação às recentes falhas, irregularidades e ilegalidades no munícipio de São Paulo, o que gerou um  prejuízo inestimável para a população paulistana, que perdeu aparelhos domésticos, alimentos e assistência médica.

O prefeito da cidade, Ricardo Nunes, também se movimenta para instaurar uma CPI comandada por sua base aliada.

Agora à tarde o pedido deve ser lido e acatado ou não.

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O que diz a Enel?

A equipe do Money Time procurou a Enel e, nota, disseram que irão esclarecer tudo que for pedido.

“A Enel Distribuição São Paulo informa que prestará todas as informações necessárias sobre a operação em sua área de concessão durante o trabalho da CPI. A companhia acrescenta que mantém uma relação de transparência com seus clientes e todos os seus públicos e está fortemente comprometida em oferecer um serviço cada vez melhor à população”.

Mais cedo, o presidente da companhia, Nicola Cotugno, concedeu uma entrevista para a Folha de S. Paulo em que defendeu a atuação na cidade, dizendo que o ocorrido foi um evento extraordinário.

“Quando chega um furacão no Texas, o problema não é a empresa elétrica, é o furacão. Aqui estamos acostumados com eventos menores, mas se olharmos de forma racional e não emocional, a gente está fazendo um trabalho incrível por um fenômeno pelo qual não tivemos controle”, explica.

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia ressaltou à Reuters a necessidade das empresas de energia estarem atentas às condições climáticas que ficarão mais extremas nos próximos anos, o que aumenta a probabilidade de estragos e eventos como este. Não apenas equipamentos mais resistentes como uma maior assistência a população, que foi a maior prejudicada.