Internacional

Como a crise no Chile pode impactar o investidor brasileiro?

26 out 2019, 18:06 - atualizado em 26 out 2019, 19:15
Chile Protestos
Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo (Imagem: Bloomberg)

Com o Chile entrando em seu nono dia de protestos, que são crescentes, as preocupações sobre as consequências para a economia da América Latina e do Brasil são crescentes. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo.

A estatal Codelco, maior produtora, mundial de cobre, já avisou clientes para se prepararem para atrasos nas entregas. A maioria dos portos segue sem operar pelo segundo dia seguido.

Para entender sobre como esta situação pode chegar aos investidores brasileiros, o estrategista-chefe da Condor Insider, Carlos Herrera – que é chileno – deu a sua visão sobre o que pode acontecer e como responder a isso. Confira:

O que aconteceu?

Metrô do Chile
A insatisfação sobre um aumento nas passagens de metrô foi o estopim inicial dos protestos (Imagem: Facebook do Metrô do Chile)

As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. E mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram.

O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, do sistema de saúde e educação, que não é acessível a todos.

O presidente Sebastián Piñera anunciou um pacote de medidas para tentar acalmar os ânimos e conter as manifestações, mas não foi suficiente. Os protestos continuaram. A população argumenta que nenhuma das medidas anunciadas terá aplicação imediata e que são iniciativas que ainda terão de passar pelo Congresso.

Sebástian Piñera
Piñera, presidente do Chile, não conseguiu conter os protestos com um pacote emergencial (Imagem: Facebook de Sebástian Piñera)

Piñera também anunciou neste sábado uma reforma ministerial. “Notifiquei todos os meus ministros no sentido de reestruturar um novo gabinete que possa confrontar estas novas exigências”, declarou o presidente.

O presidente também disse que o governo está buscando um retorno à normalidade no menor tempo possível, e se as condições dos últimos dias forem as esperadas, retirará o estado de emergência em todo o país neste domingo (27).

“Para avançar de maneira pacífica e segura, é essencial recuperar o caminho da normalidade. É por isso que quero anunciar que, se as circunstâncias permitirem, minha intenção é elevar todos os estados de emergência de 24 horas no domingo”, anunciou.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Brasil)

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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