Câmara vota texto-base da Previdência em 2º turno
Depois de quatro horas de sessão, o Plenário da Câmara dos Deputados começou a votar o texto-base da reforma da Previdência. A votação só se iniciou depois de os parlamentares aprovarem requerimentos que aceleraram o andamento da sessão.
Por 304 votos a 9, o último requerimento rejeitou, em bloco, todos os destaques individuais. Agora, somente destaques e emendas de partidos serão votados.
Mais cedo, o Plenário tinha aprovado, por 353 votos a 10, um requerimento para encerrar as discussões depois de dois deputados terem falado contra a proposta e dois favoravelmente. Em seguida, deputados do centrão e do governo esvaziaram o plenário para forçar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a encerrar e reabrir a sessão por volta das 21h40.
A manobra reduziu o número de requerimentos para adiar o início da votação. Isso porque as requisições anteriores foram tiradas de pauta, forçando a oposição a reapresentar as propostas. Após a reabertura, Maia apresentou uma consulta de sua autoria para parcelar a votação do texto principal, rejeitada por 355 votos a 11. A manobra prejudicou os requerimentos que tentavam fatiar a votação em segundo turno.
A sessão para votar a reforma da Previdência em segundo turno começou às 19h15, depois de Rodrigo Maia passar o dia esperando a formação de quórum no Plenário da Casa. Por volta das 19h50, os deputados rejeitaram um requerimento do PSOL para retirar a proposta de pauta, por 306 votos a 18.
O texto-base precisa de 308 votos para ser aprovado. Em seguida, os deputados começarão a discutir os destaques das bancadas. No segundo turno, só podem ser votados destaques e emendas supressivas, que retiram pontos do texto. Propostas que alteram ou acrescentam pontos não podem mais ser apresentadas.