Ao ritmo de 2º turno, petróleo pode buscar novas altas que nem mexe com mercado de etanol
O petróleo tem ganhado força desde que a Opep+ decidiu por apoiar cortes de produção.
Mas, bata onde bater em Londres, até o final do mês, não tem nenhuma importância para os produtores de etanol hidratado.
Subiu em mais de 1,10% nesta quinta (6), indo a US$ 94,42.
Não há quem, em sã consciência, possa esperar a Petrobras (PETR4) vindo a precificar a gasolina pela alta do barril do Brent no desenrolar da campanha para o segundo turno, com o presidente Jair Bolsonaro buscando encurtar a distância para o adversário do PT, como já era consenso até muito antes do primeiro turno.
Se o movimento da commodity energética fosse outro, de baixa seguida pelas condições já expressas de consumo mundial em xeque – e absorvidas com o corte de 2 milhões bpd decidido pelos produtores -, as chances de a estatal infligir reduções nas refinarias seriam mais palpáveis.
Com o cenário não impondo nenhum limite de alta ao petróleo que pudesse ser cobrado pela Petrobras na gasolina, e esta já em níveis competitivos pelas três últimas reduções e o novo teto do ICMS, as usinas há três semanas seguidas passaram a cobrar mais pelo hidratado (4,07% na passada, na pesquisa Cepea), porque definitivamente estão produzindo mais açúcar.
Ao preço daqui do etanol, o açúcar tem arbitragem mais rentável contra Nova York.
O movimento também é estratégia para o futuro. Regula a demanda e controla a oferta para os quatro meses de entressafra, de dezembro a março.
Nesse papel, as distribuidoras têm alternado subidas e descidas diárias nas vendas aos postos, segundo o Cepea, mas dentro de um range de preços lateralizado, explica Martinho Ono, da SCA Trading.
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