Política

Ao falar de tratativas com Pfizer, Bolsonaro defende responsabilidade em compra de vacina

14 maio 2021, 21:12 - atualizado em 14 maio 2021, 21:12
Jair Bolsonaro
Tem que ter responsabilidade com uma vacina ainda desconhecida. Tinha ainda governador e prefeito que achava que tinha que ser obrigatória (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira que é preciso ter responsabilidade com a eventual compra de uma vacina “ainda desconhecida” ao falar com apoiadores sobre as negociações para a compra do imunizante contra Covid-19 da Pfizer um dia após o depoimento do ex-presidente da companhia no Brasil Carlos Murillo à CPI da Covid.

“Tem que ter responsabilidade com uma vacina ainda desconhecida. Tinha ainda governador e prefeito que achava que tinha que ser obrigatória”, disse ele, em gravação pelas redes sociais.

Apesar de Bolsonaro defender cautela na compra da Pfizer, o governo brasileiro firmou no ano passado contrato para a compra de vacinas da Oxford-AstraZeneca, ainda em desenvolvimento, muito antes de o imunizante ter autorização para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em seu depoimento á CPI, Murillo disse que a primeira oferta de vacinas ao Brasil ocorreu em agosto do ano passado, mas o país só acertou a compra do primeiro contrato, de 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer, em março deste ano.

Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a assinatura de um novo contrato, para outras 100 milhões de doses.

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Garimpo

A apoiadores, Bolsonaro disse que não considera ser justo criminalizar garimpeiros no Brasil.

“Não é porque meu pai garimpou por um tempo, estou defendendo a memória dele, não tem nada a ver. No Brasil é muito bacana o pessoal de paletó e gravata dar palpite em tudo o que acontece no campo”, afirmou.

O presidente também fez críticas aos europeus pelo que esperam dos indígenas em seu governo.

“A gente quer deixar eles plantarem à vontade. Sabia que o índio é discriminado, né? Eles estão plantando e a Europa não aceita o produto deles porque interessa ficar como qualquer coisa, menos um ser humano”, disse.