Frigoríficos

Ao bloquear agora plantas argentinas, estaria a China se preparando para forçar preços na carne bovina?

15 jul 2020, 17:08 - atualizado em 15 jul 2020, 17:13
Carne-Minerva
China amplia embargo a frigoríficos, agora a seis da Argentina (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A China embargou exportações de carne bovina de seis unidades argentinas, distribuídas entre os grupos Friar e Rio Platense, e aumenta as apostas dos exportadores, que deve ser igual as dos brasileiros, sobre as reais condições nas quais o maior comprador de proteína animal do mundo deverá voltar à normalidade. Extraoficialmente, há o temor chinês quanto ao Sars-Cov-22 nos produtos.

Se houver mais plantas bloqueadas, especialmente no Brasil, estaria a China se preparando para condicionar a liberação impondo novos patamares de preços? Inclusive, as aquisições chinesas de proteína de boi estão seguindo fortes nos últimos três meses, no que poderia ser um movimento de formação de estoques que desse suporte às pressões sobre os fornecedores.

À confirmação à Reuters do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) argentino sobre o caso das seis plantas, exportadores locais começaram a manifestar essa preocupação.

Além de exigir declarações dos fornecedores mundiais quanto à segurança dos produtos em relação à covid-19, os chineses estão decidindo suspender as compras de regiões nos quais foram comprovados contágios entre trabalhadores de unidades sob suspeição.

No Brasil, junto à planta de média para pequena da Agra Agroindustrial Alimentos, com paralisação oficializada há mais de duas semanas, unidades da Marfrig e Minerva também estariam com exportações paradas, embora não tenha havido comunicado formal dos grupos e do governo.

Algumas unidades de aves e suínos do Sul também estão com vendas suspensas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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