Anvisa decide nesta sexta-feira (28) sobre a liberação do uso de autotestes no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir nesta sexta-feira (28) sobre a liberação do uso de autotestes para a detecção de Covid-19 no Brasil.
A última discussão aconteceu no dia 19. A relatora Cristiane Jourdan havia decidido por autorizar a liberação, mesmo com críticas em seu voto. Ela destacou que a autotestagem “poderia representar excelente estratégia de triagem” e era uma “medida adicional de controle da pandemia”.
Ainda assim, seus pares da diretoria divergiram da decisão, solicitando mais informações ao Ministério da Saúde. O placar foi de 4 x 1.
A pasta encaminhou as informações solicitadas na terça-feira (25), o que permite a retomada da discussão por parte da agência.
O pedido original para a liberação dos autotestes foi feito no dia 14, quando o ministério argumentou que o procedimento seria uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem.
A diretoria da agência avaliou, no dia, que a nota apresentada pela pasta não cumpria os requisitos inerentes a uma política pública.
Na terça-feira (25), a agência suspendeu a comercialização distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso do Autoteste Covid-19 Isa Lab.
Um dia depois, determinou o recolhimento de mais um autoteste de Covid-19, o meuDNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva, da empresa Empreendimentos Pague Menos S/A.
Em nota, a Anvisa informou que, “até o momento, não existe nenhum produto aprovado como autoteste, ou seja, para uso por usuários leigos”.
Como funciona
O procedimento é semelhante a um teste rápido de farmácia, cujo resultado sai em 15 minutos.
O usuário passa o cotonete nas duas narinas e coloca o material coletado em contato com um reagente e, posteriormente, inserido no teste.
O cotonete, nesse caso, não precisa ser enfiado até o fundo do nariz para alcançar a nasofaringe, como acontece com o PCR.
O mecanismo já é utilizado nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo. O custo, em média de 10 dólares, o torna acessível para compra.