A relatora Cristiane Jourdan, que já havia votado para autorizar a liberação, na discussão do dia 19, apresentou novamente voto favorável. Os outros três diretores acompanharam a relatora e a decisão foi unânime.
Agora passa a ser permitida a venda de autotestes diretamente ao consumidor em farmácias e estabelecimentos de saúde, desde que licenciados para comercializar dispositivos médicos.
A decisão, contudo, não tem efeito prático imediato, porque as empresas habilitadas legalmente que desejarem colocar esses dispositivos à venda terão que registrar o produto primeiro na Anvisa, que destacou que analisará os pedidos com prioridade.
O pedido original para a liberação dos autotestes foi feito no dia 14, quando o ministério argumentou que o procedimento seria uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem.
A diretoria da agência avaliou no dia 19 que a nota apresentada pela pasta não cumpria os requisitos inerentes a uma política pública.
A pasta encaminhou as informações solicitadas na terça-feira (25), o que permitiu a retomada da discussão por parte da agência.
Alta procura por testes
Os dados mais recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que na segunda semana de janeiro (10 a 16) manteve-se a tendência de aumento do número de exames realizados para detecção da Covid-19, tal como da taxa de positividade.
No período foram realizados 424 mil exames, o que indicou um aumento de 77% em relação à semana anterior (240 mil). A associação aponta que a taxa de positividade atingiu a média de 46%.
Como funciona a autotestagem
O procedimento é semelhante a um teste rápido de farmácia, cujo resultado sai em 15 minutos.
O usuário passa o cotonete nas duas narinas e coloca o material coletado em contato com um reagente e, posteriormente, inserido no teste.
O cotonete, nesse caso, não precisa ser enfiado até o fundo do nariz para alcançar a nasofaringe, como acontece com o PCR.
O mecanismo já é utilizado nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo. O custo, em média de 10 dólares, o torna acessível para compra.
Confira a reunião da Anvisa foi definida a autorização: