Saúde

Anvisa autoriza uso da Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos

20 jan 2022, 13:27 - atualizado em 20 jan 2022, 14:39
CoronaVac
(Imagem: Agência Brasil/Tânia Rêgo)

A Anvisa decidiu hoje liberar o uso da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. A recomendação é que a vacina seja utilizada da mesma forma que é em adultos, mas que não seja aplicada em crianças imunocomprometidas.

Os cinco diretores decidiram pela aprovação. O Instituto Butantan havia pedido a autorização para imunizar crianças a partir dos 3 anos, mas a agência optou por aguardar mais informações sobre as faixas etárias abaixo dos 6 anos.

Até então, só era permitida a aplicação da vacina da Pfizer na população menor de idade. A imunização das crianças de 5 a 11 anos teve início no país esta semana. Já os adolescentes começaram a ser vacinados em setembro do ano passado.

O estado de São Paulo imunizou a primeira criança do Brasil no dia 14, o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. Natural do Mato Grosso (MT), ele vem periodicamente a São Paulo para um tratamento de saúde no Hospital das Clínicas da USP.

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga se manifestou pelo Twitter sobre a aprovação. “A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO. Aguardamos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU”.

A primeira vacina

A Coronavac foi a primeira vacina utilizada no país, tendo sido aprovada para uso emergencial no dia 17 de janeiro de 2021. Assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pela aprovação, a primeira dose do imunizante foi aplicada na enfermeira Monica Calazans, do Hospital Emílio Ribas.

O governo do Estado de São Paulo anunciou em junho de 2020 o início da fase 3 dos testes clínicos da vacina em 9 mil voluntários. Os resultados finais sobre eficácia vieram em dezembro.

O imunizante já foi alvo de de uma série de críticas por parte do governo federal, sendo rotulada como “vacina chinesa”. O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer aos seus apoiadores que não compraria o imunizante de João Doria (PSDB), que passou a ser seu desafeto político durante a pandemia da Covid-19.