Antes do USDA, trigo ‘festeja’ avanço ucraniano e ignora potencial russo na guerra e no acordo de exportação
No caso das commodities agrícolas, o avanço das tropas da Ucrânia é olhado mais para o Sul do que a Nordeste, apesar de ser nesta segunda região a mais flagrante contraofensiva que retomou áreas e cidades importantes dominadas pela Rússia.
A Ucrânia faz pressão para voltar a comandar a cidade de Kherson, sob domínio russo, importante para deixar os invasores com menor poder de atacar o porto de Odessa por terra.
Essa situação é favorável para o trigo, com preços em queda em Chicago, em torno de 1,63%, a US$ 8,83, às 12h35 (Brasília). Está absorvendo, de momento, o potencial de complicação que pode voltar para as exportações ucranianas. O USDA também apresentará dados de oferta e demanda, logo mais nesta segunda (12), e o mercado fica cauteloso.
Também a reconquista da região ajudaria a Ucrânia a manter livre boa parte do roteiro de transporte dos grãos para o seu mais importante terminal marítimo, enquanto o outro, Mariupol, já está rendido faz tempo.
Tanto quanto a reação russa é esperada para defender suas posições nesta importante cidade do Sul, não se pode descartar que o líder Vladimir Putin imponha restrições ao acordo firmado para escoamento dos produtos ucranianos, como de resto já foi acenado várias vezes antes da ofensiva.
O Kremlim está sob pressão, colhendo críticas internamente pelo relativo insucesso na guerra nos últimos dias, e tudo pode acontecer para punir mais o adversário.
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