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Ante ameaça futura, usinas conseguem que Haddad não derreta o etanol já em janeiro

28 dez 2022, 11:33 - atualizado em 28 dez 2022, 18:40
Etanol
Com aumento de pressão sobre o etanol, Haddad volta atrás na desoneração da gasolina (Imagem: Pixabay)

Fora a ameaça de o novo governo instituir um fundo na Petrobras (PETR4) para segurar os preços dos derivados de petróleo, ainda por cima mais 30 dias de desoneração dos impostos federais.

Mesmo com a desmobilização das equipes de transição, alguns membros fizeram chegar o descontentamento geral do setor de etanol ao presidente eleito e ao ministro escolhido para a Fazenda, Fernando Haddad, que acabou voltando atrás e pediu para o governo que sai não renovar mais a isenção do PIS/Confins e Cide pelo mês de janeiro.

Evandro Gussi, presidente da Unica, participou do grupo temático do setor. Nesta quarta (28), inclusive, a poderosa entidade das usinas do Centro-Sul fez circular nota com duras críticas à possibilidade de prorrogação da Medida Provisória, que vence dia 31.

Como Money Times publicou na manhã da terça, antes de Haddad anunciar que havia pedido a prorrogação da isenção dos tributos, somente a intenção do futuro presidente da estatal, Jean Paul Prates, de criar uma espécie de conta para conter os preços da gasolina (e diesel), tentando não deixar o caixa descasado com os valores praticados na importação, já tem potencial para tirar competitividade do biocombustível.

Se mantendo os combustíveis sem impostos, a gasolina ainda se manteria mais vantajosa, uma vez que as alíquotas sobre ela são mais altas que as recolhidas sobre o etanol.