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Ano extraordinário consolida Magazine Luiza em inovação, gestão e lucro

23 fev 2018, 11:50 - atualizado em 23 fev 2018, 14:00
Frederico Trajano dobrou qualquer tipo de desconfiança e liderou a transformação digital da empresa

O resultado de 2017 do Magazine Luiza (MGLU3) consolidou a varejista como um modelo de sucesso em inovação, gestão e em lucros. Em seu primeiro ano completo à frente da empresa fundada por sua mãe, Frederico Trajano dobrou qualquer tipo de desconfiança e liderou uma transformação digital que trouxe os seus primeiros e grandes frutos no balanço publicado na noite de quinta-feira (22). As ações reagem com forte alta de 5% nesta sessão.

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“Quando pensávamos que o Magazine Luiza seria incapaz de superar as expectativas (depois de vários trimestres de resultados fortes), a empresa entregou mais um trimestre de números melhores do que o esperado”, explicam os analistas do Bradesco Richard Cathcart e Flávia Meirelles em um relatório enviado à clientes.

O lucro líquido cresceu 349% e alcançou R$ 389 milhões em 2017. Em 2016, o lucro tinha ficado em R$ 86,565 milhões. A receita líquida avançou 26% e chegou a R$ 11,984 bilhões. O Ebitda anual esteve em R$ 1,030 bilhão, alta de 44,3%. A margem Ebitda cresceu 1,1 ponto percentual para 8,6%. As vendas mesmas lojas no varejo físico subiram 15% no quarto trimestre de 2017, quase o triplo da expansão de 5,7% registrada no quarto trimestre de 2016.

Com o Luizalabs, a companhia entrou na lista de empresas mais inovadoras da América Latina, elencada pela revista Fast Company

Comércio eletrônico

No quarto trimestre de 2017, as vendas pelo marketplace chegaram a R$ 120,1 milhões, um crescimento de 3.680% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O e-commerce total registrou vendas de R$ 1,423 bilhão, avanço de 60% na mesma base de comparação. “Nossos analistas esperavam menos de 50%. A margem bruta veio ligeiramente abaixo das expectativas, algo natural considerando o forte crescimento do e-commerce”, destaca a Genial Investimentos em um relatório.

“À medida que o comércio eletrônico tem uma tendência de crescimento nos próximos anos, acreditamos que a MGLU já possui a melhor plataforma B2C (multicanal) e poderia alavancar a expansão da operação de marketplace”, afirmam os analistas do BTG Pactual, Fabio Monteiro e Luiz Guanais. Segundo eles, o balanço reitera a visão positiva sobre a estratégia de transformação digital e a sua altamente bem-sucedida plataforma multicanal.

A varejista disse ainda que irá abrir os serviços dos centros de distribuição da empresa para os sellers do marketplace. Os produtos passarão a ser comercializados também pelos vendedores do Magazine Luiza dentro das lojas e pelos divulgadores do Magazine Você. “Os produtos oferecidos pelos sellers na plataforma de e-commerce também começarão a ser retirados pelos nossos clientes em qualquer uma das nossas lojas físicas distribuídas pelo Brasil”, informa a empresa. O marketplace do “Magalu” já reúne mais de 750 lojistas e oferece 1,5 milhão de itens.

Em abril de 2017, a aquisição da startup Integra Commerce ajudou a acelerar o desenvolvimento do marketplace, ao lado das funcionalidades já criadas pelos 450 especialistas do LuizaLabs. Com isso, a companhia entrou na lista de empresas mais inovadoras da América Latina, elencada pela revista Fast Company. É a única da lista que não é uma empresa nativa digital e fica ao lado apenas outras quatro empresas brasileiras. Dentre elas, a 99 e a Nubank.

O Magazine Luiza termina 2017 com uma posição de caixa líquido de 1,7 bilhão de reais

Perspectivas

Os números surpreendentes abrem caminho para que o “Magalu” prossiga em sua jornada de expansão, o que pode também se traduzir em mais uma rodada de revisões para cima das estimativas por parte do mercado. As equipes de análise do Bradesco e do Itaú BBA já indicaram que poderão rever as suas projeções em breve.

“A empresa termina 2017 com uma posição de caixa líquido de R$ 1,7 bilhão, para suportar todos os projetos de crescimento e transformação digital programados para 2018. Além disso, vale comentar que o cenário econômico vem melhorando e ainda teremos a Copa do Mundo para acelerar o aumento de suas vendas”, destaca a Coinvalores em um relatório assinado por Sandra Peres e Felipe Martins Silveira.

Os desafios devem se intensificar. Após uma estreia sem brilho no Brasil, a Amazon está fincando raízes e criando as condições para uma expansão mais acelerada. A americana está buscando um centro de distribuição de 50 mil metros quadrados em São Paulo.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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