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Ânimo com economia ofusca noticiário político, avalia Rio Bravo

07 set 2017, 19:35 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

Embora longe de indicar uma verdadeira retomada, a melhora de dados econômicos ajuda a amenizar a temperatura da crise política, avalia a gestora de recursos Rio Bravo Investimentos, em relatório referente ao desempenho de seus ativos em agosto.

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No documento, a equipe de gestão da casa fundada pelo ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco aponta para a tese da “descontaminação entre a política e a economia”.

Indicadores recentes trouxeram surpresas positivas sobre a atividade econômica, como o crescimento de 0,2% do PIB no segundo trimestre (apesar do resultado ainda negativo dos investimentos) e nova queda na taxa de desemprego em julho. Evidentemente, não se pode ter certeza, a temperatura em Brasília pode voltar a contaminar o mercado.

Por ora, como se observa na valorização firme dos ativos brasileiros, o anúncio da proposta de privatização da Eletrobras e a aprovação da TLP em substituição à TJLP ofuscaram o noticiário político em meio às novidades sobre uma eventual nova denúncia contra Michel Temer.

Na noite de quarta-feira (6), a propósito, a defesa do presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão de uma eventual nova denúncia a ser apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. O argumento da defesa de Temer está amparado nas suspeitas de que o ex-procurador da República Marcelo Miller teria beneficiado os delatores da JBS.

No relatório, a Rio Bravo sugere que a política retornará imponente ao radar a partir da campanha eleitoral. “As incertezas para 2018 ainda vão crescer na medida em que a campanha eleitoral se estabelecer”, escrevem os gestores. Para eles, o pleito de 2018 será dos mais imprevisíveis em muitos anos, adicionando cautela na perspectiva sobre a política monetária.