Ações do Bradesco caem apesar de melhora em indicadores de rentabilidade
As ações do Bradesco (BBDC4) estão em queda de 2,4%, negociadas a R$ 34,78, apesar de um resultado no primeiro trimestre de 2019 que foi visto como positivo por analistas. O banco alcançou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, variação positiva de 22% na base anual de comparação.
Confira aqui os detalhes do resultado
Para o BTG Pactual, o Bradesco apresentou “resultados decentes”, considerando principalmente que o PIB brasileiro deverá apresentar variação negativa em relação ao último trimestre, segundo a equipe de análise.
Os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis destacaram que os empréstimos cresceram 3% na base trimestral, com queda de 24 pontos-base na inadimplência. “No geral, foi um bom início de ano”, aponta o BTG, reiterando recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 43,00 – upside (potencial de valorização) de 20,6% em relação ao fechamento da última quinta-feira (24).
“Outro ponto positivo do trimestre foi mais uma vez a qualidade dos ativos”, declarou a instituição, ressaltando que os empréstimos inadimplentes com prazo superior a 90 dias melhoraram 110 pontos-base na relação anual, para 3,27%.
ROE sólido
Por sua vez, o Credit Suisse destaca o ROE (Return on Equity) sólido de 19,7% e a melhora significativa na regulação e nos ganhos, acima do consenso e das projeções da equipe de análise do banco.
“Vale ressaltar o forte aumento na base trimestral de 70 pontos-base na relação CET1, para 13%”, avaliam os analistas Marcelo Telles, Lucas Lopes, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia, que reiteram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os papeis do banco, listando-os como top pick do setor, ao lado das ações do Banco do Brasil (BBAS3). O preço-alvo das ações é de R$ 46,67 – upside de 30,9% frente à última sessão.
O banco suíço também destacou positivamente o crescimento do volume de empréstimos, com variação positiva de 13,1% na base anual de comparação.
Trimestre decente
Para a XP Investimentos, o primeiro trimestre deste ano foi “decente, sem grandes surpresas positivas ou negativas, e isso refletiu tanto o lento crescimento da atividade no Brasil quanto os fatores sazonais do período, com menos dias úteis”.
Além disso, a corretora ressalta a queda da inadimplência, a expansão de 6,2% na base anual na margem com clientes, a melhora do resultado do segmento de seguros e o crescimento da carteira. “Na comparação anual, os empréstimos subiram 12,7%, impulsionados por pessoas físicas”, avalia a instituição.
A XP Investimentos também lista recomendação de compra as ações e as considera top pick do setor, com preço-alvo de R$ 47,00 – upside de 31,8%, de acordo com o último fechamento.