Animado com Azul (AZUL4)? BofA acha que ação chegou ao topo
A alta recente das ações da Azul (AZUL4) não foi suficiente para convencer os analistas do BofA (Bank of America) do potencial de crescimento do papel.
Após os resultados da companhia no quarto trimestre de 2022 e a notícia da renegociação com arrendadores de aeronaves, os ativos tiveram um salto de mais de 50% em um dia. Considerando o acumulado do último mês, a Azul subiu 66%.
Apesar disso, o BofA manteve a sua classificação de “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado) para as ações, mas elevou o preço-alvo a R$ 11,80, frente R$ 10,7 anteriormente.
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Segundo os analistas do banco, a renegociação da dívida da Azul não parece definir corte nos valores a pagar, mas determina um atraso no pagamento e uma conversão de dívida/pagamentos futuros em patrimônio em termos “potencialmente favoráveis”.
De modo geral, o acordo com os arrendadores de aeronaves responsáveis por 90% de seus passivos de arrendamento trouxe uma “diluição favorável no instrumento patrimonial da Azul e uma redução esperada nas despesas de aluguel”.
No resultado da companhia no 4T22, foi registrado um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,2 bilhões no acumulado de 2022, mais de 100% superior ao ano anterior.
Considerando os resultados da Azul e a reestruturação da dívida dela, o BofA calculou um prêmio de preço de 50% no instrumento de patrimônio e uma queda de 10% nas despesas com aluguel.
Assim, os analistas aguardam um Ebitda de R$ 6,6 bilhões em 2024, assumindo um aumento de capital de R$ 3,1 bilhões na reestruturação da Azul.
No entanto, o banco espera “um caminho longo e acidentado para a recuperação total” da empresa, com a relação entre oferta/demanda e a volatilidade da moeda brasileira como os principais riscos. Por isso, os analistas optaram pela manutenção da classificação de “baixo desempenho” para a Azul.
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