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Ânima (ANIM3): XP calcula alta de 100% nas ações em 2022, apesar das pressões no curto prazo

31 mar 2022, 11:10 - atualizado em 31 mar 2022, 11:10
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Apesar da perspectiva neutra de 2021 para a Ânima (ANIM3), a corretora recomendou a compra das ações da empresa (Imagem: Divulgação/MEC)

A XP Investimentos acredita que o resultado operacional da Ânima (ANIM3) no 4T21 veio morno, devido a um prejuízo líquido ajustado de R$92 milhões, frente estimativa de R$99 mi.

Apesar da perspectiva neutra de 2021 para a companhia, a corretora recomendou a compra das ações da empresa, e calculou seu preço-alvo em R$ 15,00, uma alta de 102% frente seu atual valor de negociação, de R$ 7,40.

Para Rafael Barros e Larissa Pérez, analistas da XP, o principal destaque são as receitas, que “aumentaram principalmente devido às aquisições feitas nos últimos 12 meses, enquanto o crescimento orgânico continua desafiador”.

A receita da Ânima aumentou 125% na comparação anual, 4,4% acima da estimativa da XP, mas ficou estável em base orgânica.

Os principais fatores impulsionadores foram: a aquisição da Laureate e de outros ativos em meados de 2021, uma redução orgânica de 3,3% anualmente no número de alunos presenciais combinado com um aumento de 1,4% no ticket médio, e um aumento orgânico de 15,8% no ano em número de alunos de Medicina combinado com um aumento de 8,7% A/A no ticket médio.

Conforme o relatório da Ativa Investimentos, a empresa enfrenta um cenário ainda desafiador do ponto de vista de crescimento orgânico, mas eles têm “boas perspectivas para o setor educacional e Ânima”.

A corretora também recomendou a compra do ativo, mas vê um potencial de crescimento de 60%.

O relatório aponta a qualidade das suas Instituições de Ensino Superior (IES), o perfil de aluno da cia. e o modelo de ensino híbrido E2A permite que ela mantenha o ticket médio e evasão em patamares melhores do que de seus pares, como pontos positivos para a perspectiva da empresa nos próximos trimestres.

Prejuízo no cenário macro

Conforme anúncio nesta semana, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 153,8 milhões no quarto trimestre de 2021, ampliando o prejuízo de R$ 94,7 milhões do mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, o prejuízo da companhia foi de R$ 87,7 milhões.

As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 160 milhões, ante R$46 mi no 4T20. Para a XP, o dado ocorreu devido: ao aumento das taxas de juros; e ao endividamento líquido incluindo arrendamentos de R$4,8 bilhões aquisição da Laureate.

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