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Anglo investe US$ 100 milhões para remover 400 famílias que estão abaixo de barragem em MG

24 set 2019, 16:24 - atualizado em 24 set 2019, 16:25
Anglo American
Segundo o chefe de assuntos operativos, o projeto já está em curso há cerca de três anos

A Anglo American está investindo mais de 100 milhões de dólares para remover aproximadamente 400 famílias que estão abaixo da barragem que recebe os rejeitos do beneficiamento de minério de ferro de seu Sistema Minas-Rio, em Minas Gerais, disse um executivo da empresa nesta terça-feira.

Ao participar de evento no Rio de Janeiro, o chefe de assuntos corporativos da Anglo American Brasil, Ivan Simões, explicou a jornalistas que o projeto já está em curso há cerca de três anos e busca entender as necessidades de cada uma das famílias.

“Para as comunidades que estão abaixo (da barragem), a gente está oferecendo esse programa”, afirmou Simões, durante o evento FT Commodities Americas Summit.

“Tem todo um processo que a família é acolhida, a gente entende todas as necessidades dela, ela entende tudo o que ela tem direito. Depois tem um prazo de três anos… para que ela possa se adaptar ao novo local”, disse ele, ao falar rapidamente com jornalistas.

Desastres envolvendo barragens de mineração mataram centenas desde 2015, quando 19 morreram pelo rompimento de uma estrutura da Samarco, em Mariana (MG). Pouco mais de três anos depois, mais de 240 pessoas morreram com o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), da Vale (VALE4), elevando os níveis de segurança no setor.

O executivo explicou que algumas famílias já foram removidas, mas não informou detalhes sobre quantas.

As atividades de mineração e beneficiamento da empresa estão em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, no Estado de Minas Gerais.

Sua produção é escoada por um mineroduto de 530 quilômetros de comprimento que, com o uso de água, transporta o produto até o Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro.

A barragem do sistema Minas-Rio recentemente passou por obras de alteamento para uma cota de 700 metros e ainda demanda a Licença de Operação. Simões explicou que a estrutura está passando por inspeções de autoridades.

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