Anfavea: Apesar da crise, indústria automobilística brasileira fecha 2021 com leve recuperação
Dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que apesar da crise global de semicondutores, a indústria automobilística brasileira conseguiu fechar o ano de 2021 com uma leve recuperação em relação ao ano de 2020.
A associação ainda projeta mais uma “discreta melhora” para 2022. Segundo o presidente Luiz Carlos Moraes, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes. Ainda assim, Moraes destaca a “resiliência” por parte setor ao longo de 2021.
“Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos em uma recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, diz.
Para a produção, o mês de dezembro foi o melhor do ano, com 210,9 mil novos veículos. O desempenho recolocou o Brasil na oitava posição do ranking global de produtores, posto que o o país havia perdido para a Espanha.
O mês já é, tradicionalmente, o melhor para vendas: foram 207,1 mil unidades licenciadas. Ainda assim, foi o pior dezembro dos últimos cinco anos.
O acumulado para 2021 ficou em 2,12 milhões de unidades vendidas, uma alta de apenas 3% em relação ao ano de 2020. Para 2022, a Anfavea projeta uma alta de 8,5% em relação a 2021.
Apesar das restrições impostas pelo governo argentino, o mercado de exportações também apresentou melhora, com uma alta de 16% (376,4 mil unidades exportadas). Foi a primeira vez, inclusive, que a Argentina representou menos da metade dos embarques nacionais.
Para 2022, a expectativa é de exportação de 390 mil unidades, uma alta de 3,6%.