Economia

Anfavea: Apesar da crise, indústria automobilística brasileira fecha 2021 com leve recuperação

07 fev 2022, 10:07 - atualizado em 07 fev 2022, 11:33
Carros automóveis
Os dados apresentam uma leve melhora em relação ao ano de 2020 (Imagem: Pixabay/ArtisticOperations)

Dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que apesar da crise global de semicondutores, a indústria automobilística brasileira conseguiu fechar o ano de 2021 com uma leve recuperação em relação ao ano de 2020.

A associação ainda projeta mais uma “discreta melhora” para 2022. Segundo o presidente Luiz Carlos Moraes, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes. Ainda assim, Moraes destaca a “resiliência” por parte setor ao longo de 2021.

“Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos em uma recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, diz.

Para a produção, o mês de dezembro foi o melhor do ano, com 210,9 mil novos veículos. O desempenho recolocou o Brasil na oitava posição do ranking global de produtores, posto que o o país havia perdido para a Espanha.

O mês já é, tradicionalmente, o melhor para vendas: foram 207,1 mil unidades licenciadas. Ainda assim, foi o pior dezembro dos últimos cinco anos.

O acumulado para 2021 ficou em 2,12 milhões de unidades vendidas, uma alta de apenas 3% em relação ao ano de 2020. Para 2022, a Anfavea projeta uma alta de 8,5% em relação a 2021.

Apesar das restrições impostas pelo governo argentino, o mercado de exportações também apresentou melhora, com uma alta de 16% (376,4 mil unidades exportadas). Foi a primeira vez, inclusive, que a Argentina representou menos da metade dos embarques nacionais.

Para 2022, a expectativa é de exportação de 390 mil unidades, uma alta de 3,6%.