Política

Ancorada em mais pobres, aprovação de Bolsonaro atinge maior patamar desde março de 2019, diz XP/Ipespe

17 ago 2020, 16:50 - atualizado em 17 ago 2020, 16:50
Jair Bolsonaro
Segundo a pesquisa, a melhora na avaliação do governo ocorreu na população com renda familiar mensal de até 5 salários mínimos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Ancorada pelas camadas da sociedade com menor renda familiar, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro atingiu o maior patamar desde março de 2019, ao bater em 37%, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, em linha com dados recentes divulgados pelo Datafolha.

A sondagem apontou que aqueles que consideram o governo ótimo ou bom foram de 30% em julho para 37% em agosto ao mesmo tempo que percentual dos que avaliam a gestão como ruim ou péssimo caiu, no mesmo período, de 45% para 37%.

A pesquisa também indicou outros sinais de melhoria do presidente, como expectativa positiva para o restante mandato — aumento de 33% para 37%, enquanto a negativa teve queda de 43% para 36%– e a percepção de que a economia está no caminho certo –alta de 33% para 38%, enquanto os que a veem no caminho errado caíram de 52% para 46%.

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Auxílio e coronavírus

Segundo a pesquisa, a melhora na avaliação do governo ocorreu na população com renda familiar mensal de até 5 salários mínimos –população que concentra os principais beneficiários do auxílio emergencial, ajuda de 600 reais paga pelo Executivo durante a pandemia de Covid-19.

Ao todo, 70% dos entrevistados disseram-se favoráveis à manutenção do benefício até pelo menos o fim do ano. Entre os que recebem ou esperam receber a ajuda, o porcentual é de 79% e mesmo entre os que não receberam são 64%.

Apesar da persistência em patamares elevados do número de infectados e mortos por Covid-19 no Brasil, 52% dos entrevistados afirmaram que o pior da crise já passou –13 pontos percentuais a mais do que no mês passado. Outros 41% disseram que o pior está por vir –ante 53% na sondagem anterior– e 8% não responderam.

A pesquisa entrevistou 1.000 pessoas por telefone entre os dias 13 a 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Veja o documento:

reuters@moneytimes.com.br