Âncora fiscal: Febraban apresentará ao governo proposta para novo arcabouço
Um das metas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é desenvolver uma nova âncora fiscal que substitua o atual teto de gastos, muito criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições.
A pasta pode receber uma ajuda da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O presidente da federação, Isaac Sidney, afirmou hoje que a entidade apresentará ao governo uma proposta de novo arcabouço fiscal.
“Não estou defendendo que aja uma corrida desesperada para conseguirmos fazer com que a dívida pública se sustente. Temos que perseguir um horizonte de tempo para alcançarmos receitas e despesas”, afirmou durante o LIDE Brazil Conference, em Lisboa.
O desenho de uma nova âncora fiscal faz parte da lista de metas do Ministério da Fazenda e deve ser entregue para apreciação no Congresso até abril. Segundo Haddad, uma equipe já está trabalhando nisso.
Durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se colocou à disposição para ajudar o Brasil no desenvolvimento de uma nova âncora fiscal.
Haddad se reuniu com Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI. Ambos estão participando do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Segundo o ministro, a equipe do FMI virá ao Brasil para apresentar regras fiscais usadas por outros países e que podem ser adaptadas para a realidade nacional.
“Eles ficaram sabendo das nossas discussões fiscais e colocaram a equipe técnica à nossa disposição para que possamos conhecer as regras atuais em vigor e apresentarmos uma proposta crível para o Congresso”, disse.