Comprar ou vender?

Analistas elogiam acordo da Vale na China; XP reforça recomendação de compra

09 out 2020, 14:53 - atualizado em 09 out 2020, 14:53
Vale
Segundo a corretora, a união entre as duas companhias é positiva “ao passo que os custos de transporte e distribuição serão otimizados” (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

A XP Investimentos reforçou a recomendação de compra da Vale (VALE3) após a empresa anunciar uma joint venture com a chinesa Ningbo Zhoushan para construção e operação do chamado “Projeto West III” em um porto na China.

Segundo a corretora, a união entre as duas companhias é positiva “ao passo que os custos de transporte e distribuição serão otimizados”, afirmou.

O projeto consiste na expansão das instalações do Porto de Shulanghu, na província chinesa de Zhejiang. A parceria vai desenvolver um pátio de estocagem e berços de carregamento, disse a companhia em comunicado ao mercado.

“Ao participar do projeto, a Vale garantirá uma capacidade portuária total de 40 Mtpa em Shulanghu, o que ajudará a Vale a otimizar custos em sua cadeia de valor”, disse a companhia.

A XP manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 85, potencial de valorização de 37% em relação ao último fechamento.

O analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimento, também elogiou o negócio. Ele argumenta que dois terços das vendas de minério de ferro e pelotas são destinadas à China.

“O valor do investimento é considerável, mas cabe perfeitamente dentro de nossa atual projeção de fluxo de caixa livre para a empresa”, afirmou.

Segundo a mineradora, o investimento tem valor total de 624 milhões de dólares e inclui a aquisição de direitos de propriedade e o desenvolvimento da capacidade portuária de 20 Mtpa.

A Vale deterá 50% da joint venture e ambas as partes pretendem obter empréstimos de terceiros de até 65%, mas não menos que 50% do investimento total.

“Com essas premissas, a contribuição de capital da Vale para o projeto variará entre 109 milhões e 156 milhões de dólares, aproximadamente”, estimou.

A construção do projeto, que deve durar até três anos, terá início após ambas as partes obterem as aprovações antitruste e outras autorizações regulatórias na China.

Com Agência Reuters