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Analistas consideram desempenho das vendas do Pão de Açúcar no 3º trimestre fraco, mas esperado

16 out 2019, 14:51 - atualizado em 16 out 2019, 14:52
As vendas totais do Pão de Açúcar atingiram 14,57 bilhões de reais entre julho e setembro, um acréscimo de 9,5% (Imagem: Vídeo institucional do Grupo Pão de Açúcar)

Analistas do Credit Suisse e do BTG Pactual consideraram fracos os dados de vendas do Pão de Açúcar (PCAR4) no terceiro trimestre, mas esperados, chamando a atenção para a desaceleração no segmento de atacarejo representado pelo Assaí, bem como para o efeito da inflação menor de alimentos e competição mais difícil.

As vendas totais do Pão de Açúcar atingiram 14,57 bilhões de reais entre julho e setembro, um acréscimo de 9,5% ante o mesmo período de 2018. As vendas mesmas lojas excluindo calendário, contudo, subiram 1,7%, com Assaí mostrando crescimento de 3,2% e o multivarejo registrando acréscimo de 0,3%.

No segundo trimestre, as vendas mesmas lojas da bandeira Assaí cresceram 8,1% na comparação ano a ano, enquanto no segmento multivarejo alimentar houve elevação de 2,5%.

Por volta das 12:10, as ações do Pão de Açúcar tinham variação positiva de 0,04%, a 81,70 reais. Desde a divulgação dos números do segundo trimestre, no final de julho, as ações acumularam até a véspera queda de 12%.

Para Victor Saragiotto e Pedro Pinto, do Credit Suisse, os números levantam uma bandeira amarela, principalmente em relação à concorrência. “Precisamos acompanhar de perto se essa será uma tendência estrutural nos próximos trimestres ou não”, afirmaram em relatório a clientes.

Saragiotto e Pinto afirmaram, contudo, reconhecer que ainda há um efeito positivo de transição do amadurecimento de novas lojas do Assaí, assim como a área de Multivarejo deve se beneficiar um pouco das iniciativas implementadas pela administração.

A equipe do BTG Pactual também afirmou que os números mais fracos nas vendas mesmas lojas eram esperados, mas acrescentou que vê menos gatilhos de curto prazo para as ações na frente operacional, embora a migração para o Novo Mercado, esperada para o começo de 2020 possa destravar valor dos papéis.

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