Analista classifica fusão como única alternativa para Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)

A possível fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) “é a única alternativa viável e possível para manter as duas empresas vivas”, segundo Enrico Cozzolino, sócio e head de análises da Levante Investimentos, entrevistado no Giro do Mercado desta quinta-feira (16).

As empresas aéreas assinaram nesta quarta-feira (15) um Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) para avançar nas discussões, que formariam uma gigante detentora de 60% do mercado brasileiro.

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Apesar das ações em alta após o anúncio, Cozzolino vê muitas questões em aberto para discutir sobre a fusão. “Vai ter que negociar acordos entre acionistas, ver quem será a subsidiária, se é Azul virando Gol ou Gol virando Azul, como ficarão as questões tributárias e no final do processo a aprovação do Cade”, disse.

Segundo ele, o Cade — Conselho Administrativo de Defesa Econômica pode impor algum tipo de restrição devido à concentração de 60% do mercado, para evitar a prática de preços abusivos ou vendas casadas.

Vale pontuar que a fusão depende do fim do processo de Chapter 11 da Gol, uma recuperação judicial da empresa nos Estados Unidos. A previsão é de que o processo se encerre em abril deste ano.

Entre os pontos positivos, o analista destaca a redução de custos. “Juntando duas empresas aumenta o poder de barganha nas questões de dívida, tem mais ativos para garantia. A empresa pode eventualmente descontinuar voos em uma região da Azul ou da Gol, mas continuar operando setores diferentes sem prejudicar a receita”, afirmou.

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Cozzolino acredita que é difícil determinar preço-alvo para as ações neste momento, além de não ser possível realizar uma previsão assertiva de receitas. Contudo, o analista vê o acordo como positivo, já que demonstra a intenção das empresas de sobreviver.

O especialista ainda comentou brevemente sobre a Cosan (CSAN3) e sua venda de 4,05% da Vale (VALE3). Na visão dele, o mercado absorveu bem a notícia para ambas as empresas.

Para assistir o programa na íntegra, com toda a discussão, acesse o canal do Money Times no youtube.

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