Analista não vê implementação de tarifas como solução para os EUA: ‘pode ter impacto na inflação’
Novas declarações do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sobre tarifas causaram preocupações aos mercados internacionais durante a semana. No entanto, o mandatário voltou a recuar sobre o assunto.
Para Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, o mercado vê Trump disposto a negociar, o que pode ser positivo para a inflação. “Não vejo a implementação de tarifas como salvação para a economia americana. Fazer isso de qualquer jeito pode ter impacto na inflação lá na frente”, disse o especialista em entrevista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (14).
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De acordo com o analista, a postura mais branda de Trump representa uma tática de negociação do presidente, mostrando que ele não está necessariamente disposto a implementar tarifas a qualquer custo. No entanto, as possíveis medidas ainda não podem ser descartadas para o futuro.
Perspectivas para inflação e dólar
Por hora, menos tarifas podem trazer boas notícias para a inflação americana, que seguiu acima das expectativas do mercado no último CPI. “Se as tarifas não vierem agora, talvez não tenha tanto problema com a inflação, então traz uma perspectiva melhor para futuras quedas na taxa de juros”, afirmou Pacheco.
O especialista também comentou sobre o momento do dólar, em queda desde janeiro. De acordo com ele, a eleição de Trump no fim do ano, somada à decepção em relação ao cenário fiscal brasileiro, fez com que a moeda americana subisse de forma exagerada. O movimento de queda representa uma espécie de correção, mas pode não durar muito se o cenário interno não mudar.
Do ponto de vista do investidor, a dica é aproveitar o momento para investir nas bolsas americanas. “Sempre é bom a pessoa ter uma parcela do seu portfólio dolarizada. Caso o investidor não tenha, é o momento de aproveitar para montar uma posição lá fora”, afirmou Pacheco.
O analista ainda comentou sobre a tarifação de produtos brasileiros e quais empresas podem ser mais impactadas. Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.