Redução de dividendos da Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3): Analista indica as melhores ações para lucrar em março
A distribuição de dividendos caiu 9% no Brasil em 2024, segundo o Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, enquanto o montante global subiu 6%. Para Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, o número negativo foi puxado pela redução de pagamentos da Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
“Temos que lembrar que, nessa conta, Petrobras e Vale têm uma representatividade muito grande. Se elas reduzem os dividendos, mesmo que grande parte das outras empresas da bolsa até aumentem os dividendos, muito provavelmente o número consolidado será prejudicado”, disse Hungria, em entrevista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (7).
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O analista ressalta que o ano de 2024 teve redução no preço de commodities como petróleo e minério de ferro, o que acabou prejudicando os resultados das empresas. Com menores lucros, as companhias acabaram reduzindo o pagamento de dividendos.
No entanto, Hungria comenta que para outras empresas, houve crescimento no valor de pagamento de proventos, como Itaú Unibanco (ITUB4) e Eletrobras (ELET6). “Não olharia esse número do índice como uma tendência para toda a bolsa”, afirma.
Além das duas empresas citadas, a carteira recomendada pela Empiricus para lucrar com dividendos em março conta com Gerdau (GGBR4), Porto Seguro (PSSA3) e B3 (B3SA3).
Divulgação do PIB e expectativa para o controle da inflação
Além dos destaques para as empresas que podem pagar bons dividendos, o analista comentou sobre a divulgação do PIB brasileiro, que cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2024 (4T24). O número veio abaixo das expectativas do mercado, mas segundo Hungria, isso pode ser um bom sinal.
“No nosso caso, temos que lembrar que o controle da inflação é uma das maiores preocupações do mercado. Quando você tem um PIB que começa a mostrar sinais de desaceleração, pode ser um alerta de que a inflação pode estar prestes a ter algum alívio”, afirmou Hungria.
Os sinais positivos para a inflação podem influenciar as futuras decisões do Banco Central em relação à taxa Selic. “Eu vejo a reação do mercado em relação ao PIB como natural diante de um cenário em que talvez a gente não tenha tanta necessidade de juros altos pela frente quanto se esperava”, disse o analista.
O especialista ainda comentou sobre o cenário internacional e o momento da economia dos Estados Unidos (EUA). Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.
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