Comprar ou vender?

Análises da semana: Ibovespa, S&P500 e Ouro

01 out 2024, 15:42 - atualizado em 01 out 2024, 15:42
ibovespa
ibovespa (Imagem: Divulgação/B3)

Analistas trazem seu ponto de vista sobre os principais ativos financeiros e como eles podem se movimentar frente seu comportamento de preços e eventos recentes.

Por Invest Analise BR

O contrato futuro de índice Ibovespa no gráfico de 60 minutos, tocou a média de 200 períodos, mas não conseguiu ultrapassá-la. Agora, está rompendo uma linha de tendência de alta, o que pode sinalizar uma aceleração na queda, especialmente se romper a região dos 132.850 pontos acompanhado de um aumento significativo de volume.

A região de suporte dos 132.850 pontos é crucial e pode ser observada na imagem a seguir, o alvo é o ponto de 50% de Fibonacci, 131.150.

Por Igor Silva

O cenário macroeconômico atual está marcado por uma escalada nas tensões geopolíticas, especialmente entre o Irã e Israel. Essa situação elevou a aversão ao risco entre os investidores, resultando em quedas significativas nos principais índices dos EUA, incluindo o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq. Além disso, uma greve portuária na Costa Leste e na Costa do Golfo dos Estados Unidos está interrompendo metade do fluxo de transporte marítimo do país, adicionando mais incerteza ao cenário econômico.

No âmbito doméstico dos EUA, o mercado de trabalho continua mostrando sinais de força. O relatório JOLTS indicou um aumento nas vagas de emprego para 8,04 milhões em agosto, superando as estimativas dos economistas. Isso sugere que a economia americana ainda está aquecida, embora a atividade manufatureira tenha mostrado sinais de desaceleração, com o índice do ISM marcando 47,2 em setembro, abaixo das expectativas.

Os traders estão atentos à política monetária do Federal Reserve. Embora haja uma expectativa de cortes nas taxas de juros, os dados robustos do mercado de trabalho sugerem que o Fed pode adiar essa decisão. Os próximos passos do Fed serão cruciais para determinar a direção dos mercados. Além disso, comentários recentes de membros do Fed, incluindo Jerome Powell, indicam uma possível redução em até 50 pontos-base até o final do ano, dependendo do comportamento dos gastos do consumidor e do crescimento da renda.

A situação global, aliada a um mercado de trabalho interno estável, adiciona complexidade ao cenário, tornando os próximos dias críticos para os investidores avaliarem o impacto desses eventos nos mercados.

No gráfico de 1 hora, o S&P 500 rompeu um retângulo, sinalizando uma mudança de tendência. O preço está abaixo da média móvel de 144 períodos (linha laranja), indicando uma possível pressão de venda mais forte. As projeções de Fibonacci foram traçadas e destacam níveis de suporte em 127,20% (5.684,86) e 161,80% (5.662,14), que podem atuar como alvos para os especuladores que estão vendidos e zonas de interesse para os compradores.

O oscilador na parte inferior do gráfico mostra uma divergência dando início ao movimento, seguido de um breakout sugerindo a força da tendência de baixa.

O rompimento do retângulo, somado ao cenário macroeconômico de instabilidade, contribui para a pressão de venda no S&P 500. Os níveis de suporte identificados pelas extensões de Fibonacci (5.684,86 e 5.662,14) são pontos críticos a serem monitorados. Se os preços não conseguirem se estabilizar nesses níveis, o movimento de baixa pode se estender.

Por ActivTrades

cotação do ouro continuam a recuar dos máximos históricos da semana passada durante as primeiras negociações desta segunda-feira. No entanto, a queda parece limitada, uma vez que o metal precioso permanece logo abaixo dos níveis atingidos na última quinta-feira. O ouro registou ganhos substanciais em Setembro, com os preços a subirem mais de 6%.

Um fator chave que tem impulsionado esta tendência é a postura cada vez mais acomodativa da Reserva Federal, que criou a expectativa de um possível corte de 50 pontos base na reunião de novembro. Esta perspectiva é negativa para o dólar e para os yields dos títulos do Tesouro, criando um ambiente favorável para ativos sem rendimento, como o ouro.

O ligeiro recuo dos preços nas duas últimas sessões dificilmente sinaliza o início de uma nova tendência, o recente anúncio de um grande pacote de estímulos por parte das autoridades chinesas aumentou o apetite pelo risco, representando um obstáculo à valorização do ouro. No entanto, com o discurso de Powell agendado para hoje, há potencial para o ouro recuperar o seu impulso ascendente, especialmente se o presidente da Fed mantiver o tom dovish do seu último discurso, que aumentou as expectativas do mercado para um corte de 50 pontos base em novembro.

Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.