Análise MT: A faca cai, o Fed aguenta
Warren nos avisou sobre a possibilidade de você ir contra a maré. É difícil apostar contra um cassino quando a casa sempre ganha. Mais difícil ainda é ter perspectivas entre a nebulosidade existente de Washington e Pequim.
A ideia de Trump é descolar a política monetária da fiscal e gerar crescimento a qualquer custo – se a América é para homens, como ele pronunciou a todos os ventos pelo Twitter, um menino despreparado não pode assumir o controle a qualquer custo.
A ideia de Jinping é manter a política de 40 anos de Xiaoping: abertura comercial, salários ínfimos, dados estatísticos complemente desconfiáveis, como qualquer ditadura comunista.
Indicadores estatísticos probabilísticos – que nem sempre estão completamente certos pela incapacidade da previsão do futuro com base no passado – apontam para todos: recessão econômica nos EUA (mesmo com crescimento de 10% nos lucros das empresas), instabilidade na Europa (mesmo com o “não sei se vou ou se fico” do BrExit), incertezas na China – mensagens aleatórias do PBOC em meio a queda de 25% do Shangai Composite.
Que a guerra comercial, de bens reais, ultrapassou a linha do concreto para as mesas de tesouraria, isso é inegável. Retaliações de ambos os lados acontecem também por posições dentro da famigerada Asset Allocation.
Se uma imagem vale mais que mil palavras, as fotos da análise são auto-explicatórias: alguém deve ter azedado o peru de Natal.
A relação de forças dentro da geopolítica, se ainda existe algum parâmetro depois da invasão do Iraque e do atropelamento da ONU como órgão supranacional, pertence aos países do G5: China, Rússia, Inglaterra, França e EUA.
Ou, para os macroeconomistas (igual eu), yuan, rublo, libra, euro e dólar.
Que o real sobreviva – antes da ocorrência e possibilidade da Zona do Euro na América do Sul (o que não seria tão mal: fazer São Paulo a Londres do Hemisfério Sul).
A relação simples com o título é: como o Federal Reserve é o pai, ainda existe muita munição na política monetária para interpéries do menino Trump.