Análise Money Times: Trump, dólares e o muro
A relação de Donald e Pelosi se assemelha a relação de Dilma e Cunha em 2015. Pela óbvia dissonância entre legislativo e executivo. Pela impossibilidade de acordo no curto prazo (que virou longo e até impeachment, longe de ocorrer com Trump, com infinitamente maior envergadura política).
Não na profundidade do tema: republicanos (em parte) querem proteger fronteiras de pirataria, fonte não provedora de não arrecadação para o governo (com uma dívida pública de somente US$ 16 trilhões – US$ 1 trilhão na conta de Trump); democratas não querem gastar com o muro e querem manter as fronteiras abertas “open-minded” como imagem externa do governo.
Na esfera política norte-americana, ou é vermelho ou é azul. Um sucesso na proteção das fronteiras, aliado ao recente crescimento dos salários, pavimentaria vitória para o segundo mandato de Trump. Do lado democrata, haverá certa histeria, barulho e lentidão: com maioria na Câmara, fica difícil negociar aprovação de qualquer pauta.
A resolução na guerra comercial proveria pontos a Trump, que pode ainda em uma resolução com os democratas ter sua versão “made in China” do muro: mais barata, mais simbólica, talvez menos eficiente.
Minha opinião: constrói o muro, aumenta empregos, gera renda, coloca na conta do Fed (US$ 1 trilhão a mais ou a menos, não faz diferença no longo prazo, onde todos estaremos mortos, parafraseando Keynes).