Análise Money Times: o cronômetro regressivo de Trump contra Pelosi
O trigésimo quarto dia da paralisação federal pode trazer um ponto de inflexão dentro das negociações entre republicanos e democratas. Antes a favor de Trump, o tempo conta agora contra o mandatário norte-americano, pelos danos gerados no prolongamento da paralisação federal dentro da economia, com indicadores econômicos sendo postergados (como Vendas no Varejo e Construção de Imóveis), UBS prevendo US$ 1 bilhão de perdas por cada dia que 800 mil servidores não trabalham e aumento das incertezas sobre zero crescimento.
Dentro do contexto, Pelosi agora é a principal voz democrata. A recusa do Senado em aprovar o muro nesta quinta-feira (24) corrobora para terreno favorável ao lado azul, a quase 21 meses das eleições de 2020.
Como em um jogo de poker (depois do flop com 8, 10 e valete – dando margem a inúmeras possibilidades de jogos) Trump fará uma aposta, terá a vez de se posicionar em frente todo Congressistas, de mostrar o porquê do muro ser importante.
Não necessariamente é a hora do all in. Tampouco é a hora de apostar mixarias: o adiamento do discurso do “State of Union” é para ganhar tempo do lado republicano, monitorando sempre a opinião popular, para não ocorrer um Brexit na antiga colônia – em meio a mais grave disputa comercial com a interdependente China, detentora de n elevado a enésima potência de Treasuries.
De fato, o tempo conta contra Trump. Existem dois resultados quando o prazo está próximo do esgotamento: a conclusão e revisão de um trabalho meticuloso e planejado, ou a realização de um trabalho novo, destrutivo, pela ideia que supera às apresentações de PowerPoint.
É a hora de mostrar porque 2020 pode começar agora – antecipando o futuro, constrói-se o presente.