Internacional

Análise Money Times: “Contra números nao há argumentos: be a self-made man”

07 fev 2019, 10:30 - atualizado em 07 fev 2019, 10:51

Um contra todos

Os dados em relação ao mercado de trabalho pronunciados por Trump no State of Union foram incontestáveis: o aumento direto do emprego, principalmente na manufatura, o crescimento dos salários e o cartão de visita do novo Nafta os credencia: estamos todos na frente de um self-made man.

Na frente dele, um Congresso novo, sem credenciamento para direcionar o discurso do presidente do país quer direcionar: o exemplo dos muros foi irreparável. Muros de metalúrgicas não são necessários: a ideia é trazer empresas de índices dentro de ESG, no contexto do muro. ESG, que a Vale não tem (a mineradora deve pagar multas ao SEC e a o DoJ), tampouco o Brasil.

Trump em seu discurso destaca dois poderia norte-americanos incontestáveis: a capacidade bélica e a tecnologia aeronuclear, pelos aniversários de 75 anos e 50 anos do término da Segunda Guerra Mundial e do aniversário da Apolo 11.

As aparições democratas foram discretas, porque contra números não há argumentos.

Todos contra um

O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Japão, além de ser logisticamente óbvio pelo aumento de infraestrutura e aumento da conta turismo no nível de produto, representa transferência direta de tecnologia via futuro IED.

Um contra um

A ideia de Trump é aumentar o déficit fiscal, na conta dele já tem US$ 1 trilhão. Desenvolvimento de empregos diretos sem demanda direta ou desenvolvimento de infraestrutura, com siderúrgicas e metalúrgicas na fronteira republicana, é um pouco complicado dentro do interesse de uma nação.

O argumento democrata é, além de histórico, potente: não queremos um muro de Berlim na nossas fronteiras. Existem formas mais eficientes de controle de fronteiras. A parte do muro, via ESG, é perfeita: pode-se construir 20 metros de altura de uma forma sustentável. A proteção das fronteiras é fundamental e, se for necessário, constrói-se o muro (ou aumenta-se o efetivo do exército).

Todos contra todos

A saída pacífica para a Venezuela é a melhor saída: a questão hiperinflacionária provoca externalidades extremamente negativas.

O congelamento da PDVSA aos sistemas de financiamento internacionais é fundamental para a pacificação do país – congelamento caso necessário, a ideia não é expulsar a Venezuela da OPEP, é pacificar o país.

A interferência via países da OTAN deve acontecer pela via diplomática, não terrestre, aérea ou nuclear. Não necessita-se de destruição para criação (só dentro do contexto do incrível gênio Arthur Schopenhauer).

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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