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Análise Money Times: 30 possíveis contra 1 certo, EUA 2020 já começou

18 jan 2019, 12:07 - atualizado em 18 jan 2019, 12:09

A paralisação federal chega ao vigésimo oitavo dia sem prognóstico de resolução. 800 mil servidores federais (aproximadamente a população de uma cidade como São Bernardo do Campo) estão sem receber, impactando consumo no curto prazo – ainda em 2019 os vencimentos atrasados caem na conta, afetando menos a roda viva da economia.

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Pela paralisação, o índice Bloomberg Consumer Comfort caiu pelo terceiro mês seguido para 44,5 pontos e atingiu menor patamar desde novembro de 2016. Na esteira, economistas do HSBC e do Deutsche Bank alertam para maior risco de recessão. Até o Fed declarou maior paciência na política monetária. Todos se preocupam.

O tweet de Trump sobre 2020, o cancelamento da viagem a Davos na próxima semana, a Bélgica, ao Egito e ao Afeganistão – por mais que o mesmo tenha culpado o impasse com os democratas pelo cancelamento – é clara afirmativa de preocupação com o cenário interno: o muro pode ganhar a eleição. Mais do que ganhar a eleição, pode ser argumento político perpétuo para os republicanos caso seja bem sucedido na proteção da fronteira Sul.

Do lado democrata, temos quase trinta (sim, quase trinta!) possíveis candidatos nas prévias do partido, com destaque para Kamala Harris e Elizabeth Warren. Acredita-se que democratas utilizarão estratégia parecida com a vista nas eleições de 2008, quando Barack Obama ganhou de John McCain: apoio às minorias, foco nos votos de latino-hispânicos.

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De certo mesmo no horizonte, somente a expectativa de que a paralisação se encerrará até o final de janeiro. Um possível prolongamento começaria a afetar a confiança demasiadamente e, sem confiança, não há expectativa, investimento, consumo: não há nada.

Incertezas sempre causam turbulência, volatilidade e estado de preocupação. Talvez a solução para Wall Street seja mais externa do que interna: melhor investir em um país crescente com capacidade ociosa na indústria, estabilidade política, expectativa de abertura de novos mercados e possíveis privatizações em vista. Você conhece algum assim?

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